Quem passa pela região do São Joaquim, em Salvador, já consegue ver a silhueta imponente do que será a nova rodoviária da cidade — e olha que o bicho tá quase pronto! Segundo os últimos boletins, a obra já engoliu 92% do cronograma, deixando aquele gostinho de "quase lá" no ar.
Não é pouco não: estamos falando de um investimento que beira os R$ 300 milhões, um projeto que promete botar ordem no caótico transporte intermunicipal da capital baiana. E sabe o que é melhor? Tá tudo dentro do prazo — ou quase, porque no Brasil a gente sabe que até o último parafuso pode dar dor de cabeça.
O que já tá de pé (e o que falta)
Das 16 torres previstas, 14 já estão de pé, firmes e fortes. Os andaimes ainda cercam algumas áreas, mas os operários tão lá, suando a camisa pra deixar tudo nos trinques. Até o fim do ano, se Deus quiser e a chuva der uma trégua, a coisa deve estar redondinha.
- Área total: 148 mil m² — maior que muitos shoppings por aí
- Capacidade: 84 plataformas pra embarque (o dobro da atual!)
- Plus: Estação de metrô integrada — finalmente!
Ah, e pra quem tá pensando "lá vem mais uma obra faraônica que vai engarrafar tudo", os engenheiros juram de pé junto que o novo acesso pela Avenida Paralela vai descongestionar o trânsito. Tomara, né? Porque o trecho do São Joaquim já tá parecendo estacionamento há anos.
E os comerciantes da rodoviária velha?
Bom, aí a coisa fica cinzenta. Os permissionários da atual rodoviária tão com a pulga atrás da orelha — afinal, ninguém botou no papel ainda como vai ser a realocação. Prometeram diálogo (quando não prometem?), mas até agora só vento. E olha que são mais de 200 estabelecimentos que dependem daquele movimento.
"A gente fica nesse limbo", desabafa Maria do Carmo, que tem uma lanchonete no local há 15 anos. "Todo dia chega cliente perguntando se a gente vai junto, mas nem a prefeitura sabe responder direito."
Enquanto isso, os ônibus continuam chegando e saindo naquele vai-e-vem frenético de sempre. Mas dá pra sentir no ar: Salvador tá prestes a ganhar um novo cartão-postal — e, quem sabe, um pouco mais de organização no transporte que liga a capital ao interior. Resta torcer pra que, dessa vez, a conta feche direito.
