Pois é, parece que a galera que depende de ônibus na Zona Sul de São Paulo pode ter um respiro — e não, não é só mais uma daquelas promessas de campanha que a gente nunca vê sair do papel. Dessa vez, a coisa parece séria: um estudo técnico de viabilidade está sendo conduido para a criação de um miniterminal de transporte público no Jardim Botânico.
Imagina só? Um ponto de integração ali, naquele pedaço nobre — mas com um trânsito que enlouquece qualquer um —, pode ser a chave para desafogar o caos dos coletivos na região. A informação, confirmada pela SPTrans, veio à tona após um pedido de informações feito pelo portal R7.
Mas calma, não é para amanhã
Antes que todo mundo comece a comemorar na frente, é bom lembrar: ainda estamos na fase do estudo. Nada de obra marcada ou previsão de inauguração. A ideia, no entanto, já está sendo analisada por técnicos que avaliam se a região comporta a estrutura, qual o impacto no tráfego e, claro, se o custo-benefício faz sentido.
— A gente sabe que a demanda existe — comenta um morador da região, que prefere não se identificar. — Todo fim de tarde é um sufoco para pegar ônibus. Se tivesse um terminalzinho aqui, organizava tudo.
E os detalhes?
Pouca informação foi divulgada oficialmente, mas sabe-se que o projeto está sob análise da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito. A localização exata ainda não foi definida — mas tudo indica que o entroncamento próximo ao Jardim Botânico seria o ideal.
Ah, e tem mais: se aprovado, o miniterminal não serviria apenas para embarque e desembarque. A proposta inclui integração entre linhas, possibilidade de conexão com outros modais e talvez até um espaço comercial — quem sabe uma banca de jornal ou um café para esperar o busão com menos desespero?
Não vou mentir: a notícia é animadora. São Paulo vive um eterno dilema entre carro e transporte público, e qualquer iniciativa que facilite a vida de quem usa ônibus é mais do que bem-vinda. Mas, como tudo nessa cidade, o diabo está nos detalhes — e na execução.
Enquanto isso, a gente segue na torcida. E no ônibus lotado.
