
Pois é, o Pará resolveu dar um passo e tanto. E olha que notícia boa pra variar! O governo estadual, numa canetada que vai ficar pra história, acabou de elevar o peixe-boi – tanto o da Amazônia quanto o marinho – à categoria de Patrimônio Cultural Natural do estado. A lei, sancionada pelo governador Helder Barbalho, não é só um papel, não. É um reconhecimento forte, daqueles que a gente sente no coração, da importância desses animais únicos para a identidade cultural e biológica paraense.
E não pense que foi do nada. A ideia já vinha sendo amadurecida há tempos, com um baita respaldo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Eles que puxaram a discussão, mostrando com dados e estudos o papel fundamental que os peixes-bois exercem nos ecossistemas aquáticos. São verdadeiros arquitetos subaquáticos, sabia?
O que muda na prática para esses gigantes?
Bom, a partir de agora, a presença deles no território paraense ganha um peso simbólico enorme. A lei basicamente coloca um holofote – e uma camada extra de responsabilidade – sobre a necessidade de proteger essas espécies. Ameaçadas de extinção, elas enfrentam umas barreiras danadas, desde a caça predatória, que insiste em acontecer, até a degradação do habitat natural delas.
O peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis), aquele que é exclusivo de água doce, e o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), que também aparece por nossas bandas, viram, oficialmente, símbolos vivos da riqueza natural do Pará. É como se o estado dissesse: "esses bichos são parte da nossa gente, da nossa história".
E aí, você pode estar se perguntando: e agora? Bom, a expectativa é que esse título ajude a direcionar mais esforços – e quem sabe mais recursos – para ações de conservação. A Semas já adiantou que vai trabalhar em políticas públicas mais específicas. A gente pode esperar, por exemplo, campanhas de educação ambiental mais robustas e um incentivo maior ao turismo de observação responsável. Imagina que espetáculo poder avistar um desses com a garantia de que estão sendo protegidos?
Um alento em tempos difíceis para a fauna
Não é segredo pra ninguém que a conservação ambiental no Brasil anda enfrentando ventos contrários. Uma decisão como essa, vinda de um estado tão crucial para a biodiversidade global como o Pará, é um sinal de esperança. Mostra que existe, sim, espaço para valorizar nossa natureza de verdade, indo além do discurso.
É um recado claro de que algumas coisas são simplesmente insubstituíveis. O peixe-boi, com seu jeito calmo e pacato, é uma delas. Que a medida ecoe e inspire outros estados a olharem com mais carinho para os seus tesouros naturais. Afinal, preservar é também uma forma de honrar nossa própria cultura.