
Eis que a Petrobras acaba de escrever um capítulo importantíssimo na história energética do país. A refinaria Getúlio Vargas, localizada em São Mateus do Sul, no Paraná, recebeu uma certificação que, convenhamos, é daquelas que fazem a diferença no mundo atual.
Pela primeira vez no Brasil, uma refinaria está oficialmente autorizada a produzir SAF - o chamado Sustainable Aviation Fuel, ou simplesmente combustível sustentável de aviação. E olha, isso não é pouca coisa não.
O que significa essa certificação na prática?
Basicamente, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deu o aval para que a unidade produza esse combustível verde que promete - e muito - reduzir as emissões de carbono na aviação. A meta é ambiciosa: substituir até 1% do querosene de aviação convencional por essa alternativa sustentável até 2027.
Mas calma lá, porque os planos não param por aí. A Petrobras já está de olho no futuro e pretende aumentar essa participação para impressionantes 10% até 2037. É um salto e tanto!
Como funciona essa maravilha tecnológica?
O segredo está no processo de co-processamento. A refinaria vai misturar óleo vegetal - nesse caso, soja - com o diesel comum durante o refino. O resultado? Um biocombustível de aviação que pode reduzir em até 30% as emissões de CO2 comparado ao querosene tradicional.
E o melhor de tudo: a infraestrutura já existe! A unidade paranaense não precisou de reformas radicais para se adaptar. Apenas alguns ajustes técnicos aqui e ali, e pronto - estávamos no caminho da sustentabilidade.
Jean Paul Prates, o presidente da Petrobras, não esconde o entusiasmo. Ele garante que a empresa está "correndo atrás" para cumprir todas as metas estabelecidas no Plano Estratégico. E pelos resultados, parece que estão no caminho certo.
E os testes? Como foram?
Ah, essa parte é fascinante! A ANP não deu essa certificação de qualquer jeito. Foram meses de testes rigorosos no Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes. E adivinha? O biocombustível passou com louvor em todos os requisitos de qualidade.
O diretor de Refino e Gás Natural, William França, lembra que a empresa já vinha trabalhando nisso há tempos. "A gente começou os estudos em 2022", conta ele, com aquele orgulho de quem vê um projeto dar certo.
E tem mais uma vantagem: o processo é flexível. Dependendo da disponibilidade, podem usar outros óleos vegetais além da soja. É versatilidade pura!
O que isso representa para o Brasil?
Puxa, onde começar? Primeiro, coloca o país no mapa global dos combustíveis sustentáveis para aviação. Depois, mostra que a transição energética não precisa ser um bicho de sete cabeças.
E tem o aspecto econômico também. Com a demanda por voos aumentando - afinal, quem não gosta de viajar? - a procura por alternativas menos poluentes só tende a crescer. O Brasil, com toda sua expertise em biocombustíveis, está numa posição privilegiadíssima.
Parece que finalmente estamos aprendendo a conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental. E convenhamos, era mais que hora, não acham?
Agora é torcer para que essa seja apenas a primeira de muitas iniciativas do tipo. Porque, no fundo, todos saem ganhando: as empresas, o país, e principalmente, o nosso planeta.