Petrobras dá passo crucial para ampliar oferta de gás do pré-sal com nova plataforma
Petrobras licita plataforma para gás do pré-sal

Eis que a Petrobras acaba de mover uma peça importante no tabuleiro energético nacional. A estatal lançou um edital de licitação para a contratação de uma plataforma flutuante de produção — aquelas gigantes que parecem cidades flutuantes — especificamente para o campo de Tupi, na Bacia de Santos.

E não é qualquer plataforma, não. Estamos falando de uma FPSO (aquela sigla complicada que significa Floating Production Storage and Offloading) com capacidade para processar impressionantes 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Uma verdadeira usina flutuante!

O que isso significa na prática?

Bom, vamos por partes. Atualmente, o Brasil queima — pasme — cerca de 5 milhões de metros cúbicos diários de gás no pré-sal. É como jogar dinheiro fora, literalmente. Com essa nova unidade, a Petrobras espera reduzir esse desperdício em até 80%. Algo que, convenhamos, já era mais do que necessário.

Mas calma que tem mais. A plataforma também vai produzir 100 mil barris de petróleo por dia. Ou seja, matamos dois coelhos com uma cajadada só — aumentamos a produção de óleo e ainda aproveitamos melhor o gás que antes era queimado.

Timing é tudo

E o cronograma? A previsão é que a unidade entre em operação lá para 2028. Parece distante, mas no mundo do petróleo isso é praticamente amanhã. A entrega da plataforma está prevista para 2027, com instalação e início de operação no ano seguinte.

O que me faz pensar: será que não estamos chegando tarde nessa história? O pré-sal já nos presenteia com suas riquezas há anos, e só agora estamos correndo atrás do prejuízo do desperdício de gás.

Impacto no bolso do brasileiro

Agora, o que todo mundo quer saber: isso vai baixar o preço do gás de cozinha? Bem, a teoria é que maior oferta deveria levar a preços menores, mas entre a teoria e a prática... você sabe como é. O certo é que aumentar a produção nacional nos torna menos dependentes de importações, o que sempre é bom para a balança comercial.

E tem outro detalhe importante: a plataforma vai se conectar ao sistema de escoamento da Petrobras, enviando o gás através de gasodutos para as unidades de tratamento no litoral. É toda uma cadeia que precisa funcionar como um relógio suíço.

Para quem acompanha o setor, essa licitação representa um divisor de águas. Finalmente estamos dando a devida atenção ao gás do pré-sal, que sempre ficou meio que em segundo plano perto do petróleo. E olha que o potencial é enorme — falamos de uma das maiores reservas de gás natural do planeta!

Resta torcer para que os prazos sejam cumpridos e os resultados apareçam. Porque no fim das contas, quem paga a conta — e quem deveria se beneficiar — é o contribuinte brasileiro.