
Eis que o Amapá, lá no extremo norte do Brasil, vira palco de mais um capítulo da saga petrolífera nacional. Chegou em Macapá, na tarde desta terça-feira (19), o navio-sonda Stena IceMAX – uma verdadeira fortaleza flutuante de pesquisa oceanográfica.
E não pense que é qualquer embarcação. Essa beleza de 228 metros de comprimento, capaz de perfurar em águas ultraprofundas, veio com missão das grandes: fazer a avaliação pré-operacional na Bacia da Foz do Amazonas. Algo que, convenhamos, pode mudar completamente o jogo energético na região.
O que exatamente vai rolar?
Bom, a Petrobras – sempre ela – quer mapear cada centímetro do leito marinho antes de qualquer furadinha. É aquela velha história: melhor prevenir do que remediar, especialmente quando se fala em perfuração a milhares de metros de profundidade.
O Stena IceMAX vai coletar dados batimétricos (fancy talk para mapeamento do fundo do mar) e amostras do solo oceânico. Tudo para garantir que as operações de perfuração, previstas para começar só no segundo semestre de 2026, transcorram sem sustos.
Por que tanto alvoroço?
Simples: a Bacia da Foz do Amazonas é considerada uma das últimas fronteiras exploratórias do Brasil. Uma aposta alta da Petrobras, que já investiu uma pequena fortuna na área – mesmo com toda a celeuma ambiental envolvida.
Ah, e detalhe: o navio já vinha de uma campanha na Namíbia, África. Decidiu fazer uma paradinha estratégica por aqui antes de seguir para o Espírito Santo. Turismo de trabalho, chamam alguns.
A expectativa, claro, é que os estudos confirmem o potencial gigantesco da região. Algo que pode colocar o Amapá no mapa do petróleo brasileiro – literalmente.
Restrições ambientais? Óbvio que existem. Mas a Petrobras jura de pés juntos que segue todos os protocolos. Veremos.