
Pois é, a situação não tá nada boa lá em Furnas. O reservatório da usina hidrelétrica, aquele gigante que abastece boa parte do Sul de Minas e outras regiões, deu um sinal de alerta que não pode ser ignorado. Caiu para apenas 29,8% do volume útil — e quando a coisa fica nesse nível, meu amigo, é hora de acender todas as luzes amarelas do painel.
O pessoal do ONS (Operador Nacional do Sistema) confirmou a informação nesta quarta-feira. Eles monitoram esses números como médicos acompanham sinais vitais — e o paciente, no caso, está com a pressão um pouco baixa, pra dizer o mínimo.
Como chegamos nessa situação?
Bom, a história é mais ou menos assim: o reservatório de Furnas, que fica em São José da Barra, no Sul de Minas, é um dos mais importantes do sistema nacional. Quando ele começa a minguar, todo mundo sente. A gente sabe que choveu menos do que o esperado nos últimos meses — e quando a natureza não colabora, os reservatórios sofrem.
O que me preocupa, particularmente, é que estamos apenas no começo de outubro. A estação seca ainda vai continuar batendo na porta por um tempinho, e se não vierem chuvas significativas até novembro... bem, melhor nem pensar nessa possibilidade.
E agora, o que esperar?
O ONS já está com os olhos grudados no caso. Eles não declararam emergência ainda — graças a Deus — mas entraram no que chamam de "faixa de atenção". É como quando você ouve um barulho estranho no carro: pode não ser nada grave, mas é melhor levar no mecânico antes que vire uma dor de cabeça maior.
Alguns especialistas que acompanho estão cautelosamente otimistas. Dizem que se as chuvas de verão chegarem com força, dá pra reverter o quadro. Mas outros, mais realistas, lembram que a gente já viu esse filme antes — e o final nem sempre é feliz.
O que todo mundo concorda? Que é melhor não brincar com energia. Furnas responde por uma fatia importante da matriz energética da região, e qualquer oscilação mexe com o bolso de todo mundo — desde o dono da padaria até a grande indústria.
Enquanto isso, torcemos para São Pedro dar uma ajudinha. Porque quando o assunto é água nos reservatórios, não tem tecnologia que substitua a boa e velha chuva na hora certa.