Operação em Volta Redonda resgata 15 pássaros mantidos em cativeiro irregular — confira os detalhes
Volta Redonda: 15 pássaros resgatados de cativeiro irregular

Não é todo dia que a rotina de um bairro tranquilo em Volta Redonda é interrompida por uma operação dessas. Mas na última terça-feira (19), fiscais ambientais botaram o pé na estrada — e no portão de uma residência suspeita — após denúncias anônimas que não davam sossego.

E olha, a coisa era séria. Lá dentro, uma situação que dá nó no estômago de qualquer amante da natureza: quinze pássaros, a maioria deles espécies nativas cantantes — canários-da-terra, coleiros, trinca-ferros — trancafiados em gaiolas, longe do céu que lhes pertence.

Nada de documentação, zero autorização do órgão ambiental. Nada. Só a crua realidade do cativeiro irregular, daquela posse que descumpre a lei e ignora o instinto selvagem dos bichos. Uma cena, pra ser sincero, mais comum do que a gente imagina — e sempre revoltante.

O que acontece depois da apreensão?

Os agentes não perderam tempo. Cada ave foi manuseada com cuidado, mas firmeza, e recolhida. Não é um processo simples, viu? Exige técnica para não estressar ainda mais os animais, já assustados com a mudança brusca.

O destino agora é o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres. Lá, passarão por avaliação veterinária. Os especialistas vão verificar se estão saudáveis, se conseguem se alimentar sozinhos e, o mais importante, se ainda lembram como é ser livre.

  • Solteiros ou em grupo? Depende. Alguns podem ser reintroduzidos na natureza de forma imediata, em áreas de soltura autorizadas. Outros, se muito domesticados ou debilitados, podem precisar de um período maior de readaptação — ou até de um lar em cativeiro legalizado, como mantenedouros credenciados.
  • E o dono? Bom, aí a história fica complicada. Manter animal silvestre sem licença é infração gravíssima, sujeita a multa pesada — que pode chegar a R$ 5 mil por indivíduo apreendido — e até processo criminal por crime ambiental. Ou seja, o barato saiu caro, e ainda de quebra manchou o nome.

É um daqueles casos que faz a gente pensar: será que as pessoas ainda não entenderam que pássaro lugar é no ar, não na gaiola? A operação foi um sucesso, mas serve como alerta. A população tem um papel crucial nisso. Denúncias pelo Disque Denúncia (2253-1177) ou via Linha Verde do IBAMA (0800 61 8080) são anônimas e podem evitar que mais histórias como essa se repitam.

No fim das contas, a esperança é que esses quinze tenham um final feliz — com asas abertas e horizonte pela frente.