Pois é, pessoal. A coisa por aqui tá mudando — e pra melhor. Aquele sentimento de que "cavalo é animal de trabalho, aguenta tudo" pode estar com os dias contados em Limeira. E não é pouco.
Foi protocolado na Câmara Municipal um projeto que mexe com estruturas antigas. Querem ampliar a Lei Sansão, sabe, aquela que já protege cães e gatos? Pois é. Agora, a ideia é que ela cubra também cavalos, bovinos, ovinos, caprinos e até aqueles bichinhos que a gente nem imagina que precisam de amparo.
Mas espera aí… do que se trata mesmo?
A lei original, sancionada em 2022, não era mole não. Ela previa multa pesada pra quem maltratasse cães e gatos — coisa de até R$ 5 mil, além de proibir a posse de outros animais pelos condenados. Agora, a proposta do vereador Marcelo Bongiorni (PL) quer ir além. Bem além.
Não é só sobre aumentar a lista de bichos protegidos. É sobre reconhecer que todo ser vivo merece dignidade. E olha, faz sentido. Porque é muito fácil virar o rosto quando um cavalo é explorado até a exaustão, mas ficar indignado com um cachorro na rua. A vida é vida, não é mesmo?
E o que diz a proposta?
- Estende a aplicação da Lei Sansão para equinos, bovinos, ovinos, caprinos e animais silvestres;
- Mantém as penalidades originais: multa de R$ 5 mil e proibição de posse de animais;
- O valor arrecadado com multas será destinado a políticas públicas de proteção animal;
- A proposta ainda será analisada pelas comissões técnicas da Câmara antes de ir a plenário.
E tem mais. Muita gente não sabe, mas a lei atual já é uma das mais rigorosas do estado. Só faltava ampliar o olhar. E parece que é isso que tá vindo por aí.
Não me surpreende que essa ideia tenha vindo de um vereador que já tem histórico na causa animal. Bongiorni mesmo disse: "É inaceitável que animais continuem sendo tratados como objetos". E é mesmo. A gente vive num tempo em que as pessoas falam tanto em evolução, mas esquecem do básico: compaixão.
Claro, ainda tem chão. O projeto precisa passar pelas comissões de Constituição e Justiça, de Meio Ambiente… mas a expectativa é que haja apoio. A sociedade limeirense, sabem como é, sempre foi muito ativa quando o assunto é defender quem não tem voz.
Enfim. Fiquem de olho. Isso pode virar case no interior paulista — quem sabe até inspirar outras cidades. O momento é de esperança, sim. E de lembrar que, no fim das contas, respeito é tudo.
