Governador do DF exonera secretária de Proteção Animal após denúncias de maus-tratos em abrigo público
Ibaneis exonera secretária após maus-tratos em abrigo animal

O clima no Palácio do Buriti estava tenso nesta quinta-feira (15). E não era por causa do tempo seco — que, convenhamos, já é velho conhecido dos candangos. O governador Ibaneis Rocha (MDB) pegou todo mundo de surpresa ao anunciar a exoneração da então secretária de Proteção Animal, Maria do Carmo.

O estopim? Um vídeo que viralizou mostrando cenas que dariam arrepios até no mais durão dos veterinários. Cães esqueléticos, gatos com feridas abertas e instalações que mais pareciam um cenário de filme de terror. "Inaceitável", resumiu Ibaneis, com aquela cara de poucos amigos que só aparece quando a coisa tá feia.

O que deu errado?

Segundo relatos de voluntários — esses heróis anônimos que vivem apagando incêndio onde o poder público falha —, o abrigo da Estrutural vinha acumulando problemas há meses. Falta de ração? Sim. Médicos insuficientes? Também. Mas o pior mesmo era a sujeira, aquela que faz a gente torcer o nariz só de imaginar.

"A gente avisou, mandou e-mail, fez abaixo-assinado...", contou uma protetora que prefere não se identificar. "Quando as imagens vazaram, foi a gota d'água."

E agora, José?

No lugar de Maria do Carmo, assume Carla Beatriz, uma advogada que já trabalhou na ONG Focinhos de Luz. Ela chega prometendo "virar o jogo" — expressão batida, mas que cai como luva nessa situação.

  • Primeira medida: auditoria em todos os abrigos públicos
  • Segunda: parceria com clínicas veterinárias particulares
  • Terceira: canal direto com protetores independentes

Será que vai funcionar? Bom, os bichinhos — e os humanos que se importam com eles — torcem para que sim. Afinal, como dizia aquela velha propaganda, "animal não é brinquedo". E muito menos lixo, poderíamos acrescentar.

Enquanto isso, a ex-secretária não se manifestou. Mas já rola um burburinho nos corredores do governo sobre possíveis irregularidades administrativas. Fiquemos de olho — ou melhor, de orelha em pé, como diriam nossos amigos de quatro patas.