Finalmente! O Brasil acaba de dar um salto monumental na maneira como encara a proteção animal. E não é exagero dizer que estamos diante de uma virada de jogo.
Imagine só: governo, empresas, universidades e organizações da sociedade civil todos na mesma mesa, falando a mesma língua. Parece utopia? Pois acabou de sair do papel.
Uma convergência que ninguém esperava
O lançamento da WBA Brasil - sigla para World Federation for Animals - aconteceu em São Paulo e deixou claro que o assunto deixou de ser coadjuvante. Virou protagonista. E olha que interessante: a adesão inicial já conta com pesos-pesados de setores completamente diferentes.
De um lado, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. De outro, gigantes como Carrefour, Nestlé, Mars. Tem ainda ONGs históricas como ARCA Brasil e Alianima. Uma mistura que, convenhamos, até pouco tempo atrás seria impensável.
O que muda na prática?
Bom, a pergunta que não quer calar: e agora? O que essa tal associação vai fazer de diferente? A resposta é mais ampla do que se imagina.
- Vai articular políticas públicas que realmente funcionem
- Criar padrões comuns entre os setores - algo que sempre foi um desafio
- Fiscalizar e, principalmente, orientar quem produz
- Educar consumidores sobre escolhas conscientes
E tem um detalhe crucial: não se trata apenas de pets. A iniciativa abrange animais de produção, silvestres, de entretenimento... Basicamente, todos os bichos que compartilham conosco este planeta.
Um sinal dos tempos
O timing não poderia ser mais perfeito. A gente vive um momento onde o consumidor está cada vez mais atento - e cobrando posicionamento. As redes sociais viraram um termômetro implacável. Empresas que ignoram o bem-estar animal hoje podem sofrer boicotes amanhã.
Não é mais questão de filantropia ou marketing. Virou estratégia de negócio. Sobrevivência, até.
E o governo? Bem, parece que finalmente acordou para o fato de que proteção animal e desenvolvimento econômico não são inimigos. Podem, surpreendentemente, andar de mãos dadas.
Os desafios pela frente
Claro que não será um mar de rosas. Coordenar interesses tão diversos exige jogo de cintura. Muita conversa. Paciência. Mas o primeiro passo, esse sim, já foi dado - e que passo!
O Brasil, conhecido mundialmente por sua biodiversidade extravagante, agora sinaliza que leva a sério a responsabilidade que vem com essa riqueza. E convenhamos: já era tempo.
O que me pergunto é: será que outras empresas vão entrar na dança? O movimento vai contagiar outros setores? A resposta, creio eu, está nas mãos de todos nós - consumidores, eleitores, cidadãos.
Uma coisa é certa: o debate sobre bem-estar animal no Brasil acaba de subir para um patamar completamente novo. E dificilmente voltará atrás.
