Parecia mais um dia normal no movimentado porto de Santarém, mas a surpresa veio de repente. Agentes da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa) apareceram de supetão e transformaram a rotina portuária num verdadeiro quebra-cabeça fiscal.
O que encontraram? Uma montanha de madeira — literalmente — pronta para seguir viagem. Estamos falando de impressionantes 1.765 metros cúbicos do produto, algo que daria para encher nada menos que 35 caminhões até a boca. É madeira que não vai chegar a lugar nenhum, pelo menos não dessa vez.
Documentação? Zero
Aqui é que a coisa fica feia. A madeira toda estava completamente desacompanhada — de documentos, claro. Nada de Guia Florestal (GF) ou qualquer outro papel que legitimasse sua origem. É como tentar viajar de avião sem passagem: simplesmente não rola.
Os fiscais, experientes como são, não caíram no conto do "é só uma papelada que sumiu". O volume era grande demais para ser esquecimento. Muito maior.
Onde a madeira parou?
Bom, não é segredo para ninguém que madeira ilegal costuma ter destinos igualmente ilegais. Mercado externo, principalmente. A tentação do dinheiro fácil faz com que alguns achem que vale a pena burlar a lei — até serem pegos, é claro.
E foram. A operação foi tão eficiente que pegou todo mundo de calças curtas. A carga agora está sequestrada pela justiça, aguardando seu destino final que, muito provavelmente, não será nada agradável para os envolvidos.
O pior de tudo? Isso não é caso isolado. A região Norte vive esse tipo de problema há décadas, uma verdadeira chaga que teima em não cicatrizar. A ganância fala mais alto que a preservação, infelizmente.
E agora, o que acontece?
Os responsáveis pela tentativa de exportação irregular — se é que podemos chamá-los de responsáveis — vão enfrentar a fúria da lei. Crime ambiental não é brincadeira, e as penalidades podem ser duras como uma tora de ipê.
- Multas que doem no bolso
- Processos que se arrastam por anos
- Possível responsabilização criminal
A Sefa deixou claro: não vai dar trégua para quem insiste em desafiar a legislação ambiental. E essa apreensão monumental é a prova mais contundente disso.
Enquanto isso, no porto de Santarém, a lição ficou: tentar passar madeira ilegal por aqui é como tentar esconder uma árvore na floresta. Pode funcionar por algum tempo, mas mais cedo ou mais tarde alguém vai notar.
