
Era para ser mais um dia comum nas estradas do Piauí, mas o que os agentes da PRF encontraram durante uma fiscalização de rotina na PI-130, em São João do Piauí, foi algo que beira o inacreditável. Uma verdadeira arca de Noé ilegal, repleta de animais silvestres e madeira de origem duvidosa, sendo transportada como se fosse carga comum.
Parece até roteiro de filme, mas é a pura realidade: dentro de um veículo que parecia comum, os policiais descobriram uma cena que daria um belo documentário sobre tráfico de animais. E olha que não era pouco coisa não.
O que tinha na 'arca' ilegal
A lista é tão extensa que até assusta. Os agentes resgataram:
- Dois jabutis, aqueles bichinhos simpáticos que todo mundo adora
- Um casal de jacus, aquelas aves típicas do cerrado
- Um periquito verde, desses que encantam com suas cores
- E, pasmem, um filhote de veado-catingueiro - coitado, mal tinha começado a vida
Mas a festa da ilegalidade não parou por aí. Junto com essa fauna toda, os policiais encontraram algo em torno de 1,5 metro cúbico de madeira em toras. Madeira essa que, obviamente, não veio com nota fiscal nem autorização dos órgãos ambientais. Típico, não é?
O que acontece agora?
Os animais, coitados, foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) aqui mesmo no Piauí. Lá, vão passar por avaliação e, se tudo der certo, serão devolvidos ao seu habitat natural. Porque, convenhamos, lugar de bicho silvestre é na natureza, não sendo transportado como mercadoria em estrada poeirenta.
Já o motorista... bem, esse vai ter que explicar muita coisa para as autoridades. Ele foi autuado por maus-tratos aos animais (que crime hediondo!) e por transportar madeira sem a devida documentação. A multa não foi divulgada, mas pode apostar que não foi barata.
E a madeira? Foi apreendida e colocada à disposição do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Porque madeira ilegal, como todo mundo sabe, não pode virar móvel bonitinho na sala de alguém.
Essa operação mostra uma triste realidade: o tráfico de animais silvestres e a extração ilegal de madeira continuam firmes e fortes por aqui. Mas também demonstra que a fiscalização está de olho. E quando pega, pega mesmo.
É como diz o ditado: o crime não compensa. Principalmente quando mexe com nossos bichos e nossas matas. O Piauí pode até ser terra de calor intenso, mas a lei também está esquentando para quem insiste em descumpri-la.