
Parece que tem gente que acha que pode brincar com fogo e sair ileso — mas dessa vez, a conta chegou. Na madrugada de sábado, um homem foi preso em flagrante, suspeito de ter ateado fogo numa extensão assustadora de vegetação às margens da BR-153, em São José do Rio Preto. Dois quilômetros de chamas. Você imagina isso?
O flagrante foi possível graças — pasmem — às câmeras de monitoramento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Elas capturaram tudo. Por volta das 3h30 da manhã, o indivíduo, ainda não identificado, foi visto iniciando as chamas em dois pontos distintos. A polícia não perdeu tempo e chegou rápido ao local.
E não deu outra. Encontraram o sujeito ainda por perto, com isqueiro e panfletos religiosos — sim, panfletos — que teriam sido usados para dar início ao estrago. Ele foi detido na hora e levado pra delegacia. Agora responde por crime ambiental. A que ponto chegamos, né?
Não foi a primeira vez
E olha, pelo que tudo indica, ele já tinha histórico. A Polícia Militar Ambiental vinha monitorando a região depois de uma série de incêndios recentes — todos com o mesmo modus operandi. Suspeitavam que era ação de uma única pessoa. E acertaram.
Os bombeiros, como sempre heróis anônimos, controlaram o fogo antes que se alastrasse ainda mais. Mas a vegetação — aquela típica do cerrado — já tinha virado cinza. Uma pena. Um estrago desses leva anos pra se recuperar.
E agora, José?
O preso vai responder criminalmente. Crime ambiental não é brincadeira — e em tempos de discussão sobre mudanças climáticas e preservação, atitudes como essa soam como um verdadeiro tiro no pé. Ou melhor, no planeta.
A população tem ajudado. Denúncias anônimas e a vigilância por câmeras têm sido grandes aliadas. Dessa vez, deu certo. Mas fica o alerta: crime contra o meio ambiente é grave. E a justiça, ainda que devagar, anda.