
Numa ação que mistura tradição e ilegalidade, a Polícia Civil de São Paulo deu um basta em quase 90 balões que estavam prestes a alçar voo — e não, não estamos falando daqueles inocentes da festa junina. Estes eram os "balões do perigo", cheios de más intenções (e combustível).
Operação corta os céus antes do estrago
Na madrugada de quinta-feira (15), os policiais botaram o pé no chão — e as mãos nos balões — durante uma operação na Zona Leste da capital. Foram 87 unidades apreendidas, algumas do tamanho de um fusca (sim, você leu certo).
"Quando a tradição vira ameaça, temos que agir", comentou um delegado, enquanto enrolava um dos artefatos apreendidos. Os balões, feitos de papel seda e bambu, estavam prontos para serem lançados com seus maçaricos improvisados — uma combinação que faz os bombeiros terem pesadelos.
Por que tanta preocupação?
- Incêndios florestais: Um único balão pode destruir hectares em minutos
- Queda em fiações: Já imaginou um bairro inteiro no escuro?
- Acidentes aéreos: Pilotos não brincam quando vêem essas "surpresas" no caminho
E aqui vai um dado que faz pensar: só neste ano, o Corpo de Bombeiros já atendeu mais de 120 ocorrências relacionadas a balões na região metropolitana. Números que deixam qualquer um com os cabelos em pé — ou queimados.
Entre a cultura e a lei
Enquanto alguns defendem a prática como "herança cultural", a lei não tem dúvidas: soltar balão é crime ambiental com pena de 1 a 3 anos de cadeia. E olha que a multa pode chegar a R$ 50 mil — dinheiro que daria para comprar uns 500 mil pastéis de feira (pra comparar numa linguagem que todo paulistano entende).
A operação ainda continua, afinal, como diz o ditado: "balão que sobe, polícia que desce". E desta vez, foi literal.