
Pois é, meus amigos, a conta chegou - e veio salgada. Uma propriedade rural no norte pioneiro do Paraná acaba de receber uma das maiores multas ambientais da história recente do estado: nada menos que R$ 1,9 bilhão. O valor é tão astronômico que dá até para perder o fôlego.
A coisa aconteceu em Itambaracá, aquela cidadezinha que muita gente nem sabe onde fica no mapa, mas que agora virou epicentro de um caso gravíssimo de degradação ambiental. O IBAMA, sempre de olho, identificou uma área de preservação permanente completamente arrasada - estamos falando de 379 hectares, uma extensão que equivale a mais de 300 campos de futebol!
Os Detalhes que Chocam
O pior de tudo? A propriedade já tinha histórico. Em 2022, os fiscais encontraram 80 hectares desmatados ilegalmente e aplicaram uma multa de R$ 400 mil. Mas parece que a lição não foi aprendida. Dessa vez, a situação era muito mais crítica.
Os danos ambientais foram classificados como "graves" pelos especialistas, o que explica o valor estratosférico da multa. A operação, batizada de Dispersores, focou justamente em áreas que deveriam servir como corredores ecológicos - essenciais para a fauna local se movimentar e para a preservação dos recursos hídricos.
E Agora, José?
A multa, claro, não é definitiva. O proprietário tem direito a defesa e pode recorrer. Mas o recado do IBAMA foi dado com todas as letras: crime ambiental não vai ficar impune. O caso serve como alerta para outros fazendeiros da região que possam estar pensando em seguir pelo mesmo caminho.
O que me preocupa, sinceramente, é pensar no tempo que a natureza vai levar para se recuperar dessa agressão toda. Áreas de preservação permanente são justamente isso: permanentes. Quando a mão humana interfere de forma tão brutal, o estrago pode ser irreversível.
O Paraná, que sempre se orgulhou de suas políticas ambientais, mostra que está de olho. E o IBAMA, bem, continua fazendo seu trabalho - muitas vezes invisível, mas fundamental para proteger nosso patrimônio natural.