
O cheiro de fumaça voltou a impregnar o ar em Caçapava nesta terça-feira, e não foi só impressão. Um novo foco de incêndio — isso mesmo, outro — começou a devorar a vegetação numa área de mata que fica colada em condomínios residenciais. A situação, pra ser sincero, está longe de ser tranquila.
Segundo as informações que consegui apurar, a coisa começou por volta das 16h30, mais ou menos. O Corpo de Bombeiros foi acionado na velocidade — e olha que não é exagero dizer isso. Quando chegaram ao local, já encontraram as chamas se espalhando com uma certa... digamos, determinação.
Uma corrida contra o fogo
Pensa numa correria. Dois caminhões tanque foram enviados pra tentar dar um jeito na situação. Os bombeiros trabalharam feito loucos — desculpe a expressão, mas é a mais adequada — pra tentar controlar o avanço das chamas. O vento, claro, resolveu não ajudar. Como sempre acontece nesses casos, né?
O que mais preocupa, e aqui vou ser bem direto, é a proximidade com as residências. Não é a primeira vez que isso acontece na região, e talvez nem seja a última. Alguns moradores mais antigos já até perderam as contas de quantas vezes viram cenas assim.
O relato de quem vive perto
"A gente fica de coração na mão", me contou uma moradora que preferiu não se identificar. "O fogo chega rápido, e se o vento mudar de direção..." Ela não completou a frase, mas não precisava. Dá pra ver no olhar dela o medo que palavras não conseguem expressar.
Outro detalhe que não pode passar batido: a área que está pegando fogo é justamente aquela que serve de barreira natural entre os condomínios e... bem, entre os condomínios e mais problemas. Sem essa vegetação, a situação pode ficar ainda mais complicada nas próximas chuvas, mas isso é assunto pra outra hora.
Enquanto escrevo estas linhas, os bombeiros continuam no campo de batalha — porque é isso que parece, uma verdadeira guerra contra o fogo. A fumaça já escureceu o céu numa área considerável, e o cheiro queimado se espalha por vários quarteirões.
Resta torcer — e torcer muito — para que consigam controlar essa dança das chamas antes que a noite caia por completo. Trabalhar no escuro, com fogo solto numa área de mata... bem, melhor nem pensar nas possibilidades.