Incêndio Criminoso Devasta Frota da Patrulha Ambiental no RS: Prejuízo Milionário e Investigação em Andamento
Incêndio criminoso destrói frota da Patrulha Ambiental no RS

Um cenário de destruição completa — é o que restou do pátio da Patrulha Ambiental da Brigada Militar em Porto Alegre após um incêndio de proporções assustadoras na madrugada desta sexta-feira. Pelas primeiras luzes do dia, só se viam carcaças carbonizadas de viaturas, embarcações e equipamentos que, até poucas horas antes, protegiam o meio ambiente gaúcho.

O estrago, pra ser sincero, é difícil de calcular na totalidade. Mas as primeiras estimativas? Beiravam algo em torno de R$ 500 mil. Uma fortuna queimada em questão de horas. Dois carros oficiais, três barcos e dois jet skis — todos essenciais para o trabalho de fiscalização — viraram cinzas. E o pior: a perícia já adianta que o fogo não começou por acaso.

Indícios que Apontam para o Doloso

Aqui é que a coisa fica ainda mais grave. Os peritos criminais, vasculhando cada centímetro do local, encontraram evidências que cheiram a crime mesmo. Não vou entrar em detalhes técnicos que possam atrapalhar a investigação, mas digamos que os indícios são fortes o suficiente para a polícia tratar o caso como incêndio doloso. Alguém, deliberadamente, teria ateado fogo ao patrimônio público.

Nenhuma vítima fatal, felizmente — isso é o que realmente importa. Os bombeiros foram acionados por volta da 1h30 e controlaram o fogo, impedindo que se alastrasse para outros galpões próximos. Mas o prejuízo operacional? Esse vai doer — e muito — na capacidade de patrulhamento dos próximos meses.

Impacto Direto na Fiscalização Ambiental

Sem esses veículos e embarcações, como fica o trabalho de proteger rios, lagoas e áreas de preservação? É uma pergunta que os comandantes da Patrulha Ambiental devem estar se fazendo agora. O jet ski, por exemplo, é fundamental para acessar áreas alagadas e de difícil reach com barcos maiores. Uma perda estratégica brutal.

O caso agora está nas mãos do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). Eles que vão desvendar quem teria interesse em sabotar justamente a estrutura que combate crimes ambientais. Seria retaliação? Ataque coordenado? A investigação precisa correr — e rápido — para evitar novos episódios como este.

Enquanto isso, o cheiro de queimado ainda paira no ar do pátio, lembrando a todos que, às vezes, o maior perigo para o meio ambiente não são os incêndios florestais, mas a ação humana deliberada contra quem tenta protegê-lo.