
Parece que a chuva resolveu dar uma escapada prolongada de Piracicaba. Setembro foi daqueles meses para ficar na memória — e não foi por algo bom. A cidade praticamente virou um deserto, com os termômetros marcando presença e as nuvens sumindo do mapa.
Os números são assustadores, pra ser sincero. Choveu míseros 12,6 milímetros durante o mês inteiro. Quando você compara com a média histórica que gira em torno de 72 mm... bem, a conta não fecha nem de longe. Não chegou nem a 20% do que era esperado, um verdadeiro fracasso hídrico.
Outubro chega com mais do mesmo
E adivinha só? Outubro não está mostrando muita disposição para mudar o jogo. A Defesa Civil já soltou o alerta amarelo para a região — e não é para pouco. A umidade relativa do ar despencou para níveis preocupantes, ficando entre 20% e 12%. Quando bate nesses patamares, a situação já é considerada de emergência.
Respirar fica difícil, a gargante arranha, os olhos ficam secos. E o pior: qualquer faísca vira ameaça real de incêndio.
Perigo das queimadas
Falando nisso, as queimadas já estão dando as caras. Só na quinta-feira passada, os bombeiros foram acionados para conter focos em pelo menos três pontos diferentes da cidade. Tem gente, incrivelmente, ainda ateando fogo em lixo e terrenos baldios — como se o tempo seco não fosse problema suficiente.
É aquela velha história: o ser humano insistindo em piorar o que a natureza já está complicando.
A Defesa Civil foi bem clara nas recomendações:
- Evitar exercícios físicos entre as 10h e 16h
- Beber água constantemente — e não só quando a sede apertar
- Umidificar os ambientes com toalhas molhadas ou bacias d'água
- Proteger-se do sol como se sua vida dependesse disso
Parece exagero? Quem mora aqui sabe que não é. A secura do ar em Piracicaba nestes dias está daquelas que até a pele sente. E olha que estamos só no começo do período mais crítico.
O que esperar das próximas semanas?
Os meteorologistas não são muito animadores nas previsões. A massa de ar seco que está estacionada sobre a região deve continuar mandando e desmandando pelo menos até a segunda semana de outubro. Chuva? Só se for para inglês ver.
Enquanto isso, a cidade segue entre alertas e a esperança de que as nuvens decidam aparecer. Porque convenhamos: já deu desse sol inclemente e desse céu azul sem graça. Às vezes, o que a gente mais quer é ver uma boa chuva cair — mesmo que signifique cancelar aquele passeio no fim de semana.