
Parece que a Europa está pagando um preço cada vez mais alto pela conta do clima. E não estou falando de valores simbólicos - estamos conversando sobre números que dariam frio na espinha de qualquer economista.
Nos últimos dez anos, os prejuízos causados por eventos climáticos extremos no Velho Continente mais que dobraram. Sim, você leu direito: dobraram! Se antes já era preocupante, agora a situação chegou num patamar que beira o assustador.
Os números que não mentem
Entre 2014 e 2023, as perdas econômicas relacionadas ao clima atingiram a impressionante marca de 250 bilhões de euros. Para colocar em perspectiva, isso é mais que o dobro dos 120 bilhões registrados na década anterior. E o pior? A tendência é de piora.
O que me deixa realmente pensativo é que 2023 sozinho foi responsável por quase 20% desse total. Parece que cada ano que passa bate um novo recorde - e não é do tipo que comemoramos.
Calor que queima o bolso
As ondas de calor foram, de longe, as maiores vilãs. Responsáveis por incríveis 60% dos prejuízos totais. É como se o termômetro subisse e a conta bancária descesse na mesma proporção.
Inundações e tempestades completam o triste pódio, mostrando que não há mais como fugir dos efeitos das mudanças climáticas. E olha que coisa: os países que mais sofreram foram justamente Alemanha, Itália e França - economias que ninguém diria serem tão vulneráveis.
Um alerta que não pode ser ignorado
Os especialistas são claros: isso é só o começo. Com o aquecimento global acelerando, a tendência é que eventos extremos se tornem mais frequentes e intensos. E adivinhem quem vai pagar a conta? Todos nós.
É aquela velha história: a natureza sempre apresenta a conta, cedo ou tarde. Só que agora ela está chegando com juros e correção monetária. E francamente? Está ficando cada vez mais difícil de pagar.
O que me preocupa, e muito, é que esses números representam apenas as perdas econômicas diretas. Nem estou contando os custos humanos, os traumas, as vidas interrompidas. Isso tem preço?