Clima de deserto em MS: como enfrentar a umidade baixa entre frente fria e calor intenso
Clima de deserto em MS: como se proteger da umidade baixa

Parece cena de filme apocalíptico, mas é a realidade sul-mato-grossense nesta semana: termômetros oscilando entre madrugadas geladas e tardes escaldantes, enquanto a umidade despenca a níveis preocupantes. Quem vive aqui sabe — quando o inverno resolve dar uma de verão, a coisa fica feia.

Segundo os meteorologistas (e o nariz entupido de meio mundo), estamos no olho do furacão climático. Enquanto uma frente fria teima em não ir embora, massas de ar quente fazem a temperatura disparar. Resultado? Umidade relativa do ar beirando os 15% em algumas regiões — patamar considerado de emergência pela OMS.

O corpo grita por água

Nessas condições, até os mais resistentes viram vítimas:

  • Lábios rachando feito terra seca
  • Garganta que parece lixa
  • Olhos vermelhos como pimenta
  • E aquela dor de cabeça que não dá trégua

"É como se o ar sugasse toda a umidade do seu corpo", desabafa a aposentada Maria do Carmo, 68, enquanto enche potes com água pela casa — velho truque da vovó que ainda funciona.

Sobrevivência urbana

Para não virar um biscoito sequinho nesse forno a céu aberto, especialistas recomendam:

  1. Hidrate ou pereça: 3 litros de água diários são o mínimo. Se sua urina estiver amarelo-escuro, já está atrasado.
  2. Umidade artificial: toalhas molhadas, bacias com água e — para os high-tech — umidificadores salvam vidas.
  3. Horário de risco: entre 10h e 16h, fique na sombra como vampiro ao sol. Se precisar sair, vire uma cebola (várias camadas de roupa).
  4. Pele em primeiro lugar: hidratantes potentes e protetor solar não são opcionais. Esqueceu? Prepare-se para descamar feito lagarto.

E atenção, pais! Crianças e idosos sofrem primeiro — mantenha-os hidratados à força se necessário. "Meu neto vive grudado na garrafinha como se fosse aparelho ortodôntico", brinca o comerciante João Batista.

Animais também sofrem

Enquanto isso, os bichinhos — que não reclamam, mas sentem — precisam de cuidados extras:

  • Troque a água dos pets várias vezes ao dia (eles também suam, sabia?)
  • Passeios só no fresquinho do amanhecer ou entardecer
  • Para aves, borrife água levemente nas penas

"Ontem resgatei um cachorro com hipertermia perto do shopping", conta a veterinária Dra. Luísa. "O asfalto queimava tanto que dava para fritar ovo."

Até quando?

Segundo previsões, essa gangorra climática deve continuar por pelo menos mais uma semana. Enquanto isso, o jeito é:

- Virar uma esponja humana (beba água até sonhar molhado)
- Criar microclimas em casa (feche janelas quando estiver seco, abra quando melhorar)
- Ficar de olho nos grupos de risco (asmáticos, cardíacos e alérgicos sofrem dobrado)

E se achar exagero, experimente sair sem proteção. Em 20 minutos, você estará mais ressecado que torresmo velho. A natureza não brinca em serviço — e nesse jogo, prevenção é a única estratégia que funciona.