
Quem mora em São Paulo sabe: julho costuma ser aquele mês de tirar o casaco do armário e se preparar para o friozinho. Mas este ano? A coisa foi além do esperado. Muito além.
Os termômetros da cidade simplesmente decidiram dar uma de "vamos congelar todo mundo" — e conseguiram. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), julho de 2023 entrou para a história como um dos mais frios dos últimos 25 anos. Para ser exato, desde 1998 não se via algo assim.
Números que fazem tremer (literalmente)
Em alguns dias, a sensação térmica chegou a bater os 5°C em regiões como a Zona Leste. Sim, você leu certo: cinco graus. Na Avenida Paulista, os pedestres pareciam personagens de filme siberiano, encolhidos em casacos que, claramente, não estavam dando conta do recado.
E não foi só impressão:
- A média das mínimas ficou em 12,3°C — 1,5°C abaixo do normal
- Dias consecutivos sem chegar a 20°C: incríveis 9
- Madrugada mais fria: 6,4°C no Campo de Marte
"Parecia que o inverno europeu tinha se mudado para cá", brincou a aposentada Maria do Carmo, 68 anos, enquanto tomava seu café quente na Sé. Ela, que sempre diz "não sentir tanto frio", admitiu: "Dessa vez até eu me rendi a dois casacos!"
Efeitos além do termômetro
Nas ruas, o cenário era digno de observação. Vendedores de café viram seus negócios dispararem — alguns relatando aumento de até 40% nas vendas. Já os lojistas de roupas de inverno, claro, fizeram a festa.
Mas nem tudo foram flores (ou melhor, flocos de neve, que infelizmente não chegaram). O frio intenso:
- Aumentou em 22% os atendimentos por problemas respiratórios
- Deixou os moradores de rua em situação ainda mais vulnerável
- Fez com que o consumo de energia batesse recordes (aquecedores ligados o dia todo não são brincadeira)
E você? Como enfrentou esse julho congelante? Conta pra gente nos comentários — enquanto nos preparamos para ver o que agosto nos reserva. Porque, convenhamos: com esse clima maluco, tudo pode acontecer.