
O interior de São Paulo está virando um forno a céu aberto — e não, não é exagero. Quem mora por essas bandas sabe: respirar virou um desafio, a garganta fica arranhando como se tivesse engolido lixa, e os olhos? Coçam tanto que dá vontade de esfregar até sair faísca.
Dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) mostram números assustadores: em cidades como Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto, a umidade relativa do ar não passa dos 20%. Em algumas regiões, mal chega aos 15%. Para você ter ideia, a Organização Mundial da Saúde considera ideal acima de 60%.
O corpo sofre — e como!
"É uma tortura", desabafa a aposentada Maria das Dores, 68 anos, enquanto aplica soro fisiológico no nariz pela quarta vez na manhã. "Até meu cachorro espirra sem parar." Médicos alertam que idosos e crianças são os mais afetados, mas ninguém escapa ileso:
- Sangramento nasal virou rotina
- Alergias respiratórias disparam
- Risco de desidratação aumenta exponencialmente
E olha que o pior pode estar por vir. Segundo o meteorologista Carlos Augusto, "quando a umidade cai abaixo de 12%, temos condições de emergência — e várias cidades estão no limite".
Como se virar nesse deserto?
Parece óbvio, mas muita gente ainda não leva a sério:
- Beba água como se fosse seu emprego — no mínimo 3 litros por dia
- Toalhas molhadas e bacias d'água ajudam (sim, aquela velha técnica da vovó)
- Evite exercícios entre 10h e 16h, a menos que queira passar mal
"Aqui em casa virou ritual: umidificador ligado 24h, cortina fechada contra o sol, e todo mundo com garrafinha na mão", conta o comerciante João Batista, que já teve três funcionários passando mal no trabalho esta semana.
E você? Já sentiu os efeitos desse tempo seco? Conta pra gente nos comentários — mas antes, vai tomar um copo d'água. Sério. Agora mesmo.