
O termômetro mal passa dos 10°C na capital paulista, e o governo estadual já colocou em marcha um plano de contingência. Não é brincadeira — quem dorme ao relento está enfrentando noites geladas, daquelas que até os ossos sentem.
Desde ontem, 28 de julho, a prefeitura liberou 15 novos abrigos temporários. "É uma medida paliativa, mas urgente", admite um funcionário da Secretaria de Assistência Social, enquanto organiza cobertores doados. Cada local tem capacidade para 50 pessoas e oferece café quente até de madrugada.
Como está funcionando na prática?
- Os pontos de apoio ficarão abertos 24h durante a onda de frio
- Além de camas, há atendimento médico básico
- Ônibus fazem rotas para buscar moradores de rua em regiões críticas
Na Praça da Sé, o movimento é intenso. João, 54 anos, que vive nas ruas há três invernos, conta que desta vez a situação está diferente: "Antes a gente se virava com papelão. Agora tem lugar pra tomar banho quente".
Críticos apontam que a solução deveria ser permanente, não sazonal. "Todo ano é a mesma história", protesta uma assistente social que prefere não se identificar. Enquanto isso, o governo promete ampliar o programa "SP Protege" até agosto.
Previsão assustadora
O Inmet alerta: a massa de ar polar deve continuar até sábado. Em bairros como Santo Amaro e Perus, os termômetros podem marcar 6°C — recorde para o período. Se você conhece alguém em situação vulnerável, disque 156. A prefeitura garante que as equipes de abordagem estão em esquema especial.