O mundo acaba de cruzar uma linha histórica — e dessa vez, é uma linha que nos leva na direção certa. Pela primeira vez desde que começamos a nos preocupar seriamente com essa questão do clima, os compromissos nacionais para reduzir emissões agora cobrem mais da metade de todas aquelas substâncias que aquecem o planeta.
Imagine só: estamos falando de 50% de tudo que é emitido globalmente. É coisa pra caramba, não é? E o mais impressionante é que esse número praticamente dobrou em relação ao ano passado — pulou de míseros 28% para esses impressionantes 53%.
O que mudou de verdade?
O grande responsável por essa virada espetacular foi — adivinhe — os Estados Unidos. Com a volta deles ao Acordo de Paris, foi como se alguém tivesse ligado a chave geral. De repente, tudo ficou mais possível.
Mas não foram só os americanos. A China, que sempre foi aquela peça complicada no quebra-cabeça climático, também entrou na dança. E quando esses dois gigantes se mexem, o chão treme — no bom sentido, dessa vez.
E o Brasil nessa história toda?
Nosso país, que tem uma importância descomunal nesse assunto — afinal, a Amazônia não é brincadeira — ainda está naquele vai e vem. O governo atual prometeu zerar o desmatamento ilegal até 2030, o que seria fantástico se conseguissem cumprir.
Mas cá entre nós: será que vai rolar? A gente já viu tanta promessa bonita que depois esfria no papel... Dessa vez parece diferente, mas só o tempo vai dizer.
Os números que importam
- 53% das emissões globais agora têm algum tipo de compromisso de redução
- Isso representa um salto de 25 pontos percentuais em um único ano
- Mais de 130 países já estabeleceram metas concretas
- As principais economias — que são as que mais poluem — finalmente estão entrando na linha
O que me deixa esperançoso é que isso não é mais conversa fiada de ambientalista chato. Virou assunto sério de governo, de empresa, de todo mundo que entende que não tem planeta B.
Mas calma, não é hora de comemorar ainda
Porque tem um detalhe importante: ter o compromisso é uma coisa, cumprir é outra completamente diferente. É como prometer fazer dieta na segunda-feira — fácil falar, difícil fazer.
E tem mais: mesmo que todo mundo cumpra o que prometeu — o que já seria um milagre — ainda assim não é suficiente para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas. A conta não fecha.
Precisamos de mais ambição. Muito mais.
O que isso significa para o futuro?
Bom, pela primeira vez em muito tempo, posso dizer que estou otimista. Não completamente, claro — ainda tem muita água pra rolar debaixo dessa ponte — mas é um começo.
O fato é que o mundo acordou. Depois de anos vendo furacão, seca, enchente e tudo mais que a natureza tem jogado na nossa cara, finalmente estamos reagindo.
E sabe qual é a parte mais legal? Isso mostra que quando a gente quer, a gente consegue. O problema é que às vezes a gente demora um pouquinho — ou muito — para querer de verdade.
O que você acha? Será que dessa vez vai? Ou é mais uma daquelas promessas que vão ficar só no papel?
