
O nazismo não surgiu do nada. Suas raízes estão profundamente ligadas a um caldeirão de ideias pseudocientíficas, esotéricas e teorias conspiratórias que negavam os avanços da ciência moderna. Essas crenças, muitas vezes vistas como marginais, encontraram terreno fértil no ambiente político e social da Alemanha pós-Primeira Guerra Mundial.
O papel do ocultismo e do racismo pseudocientífico
Grupos secretos e sociedades ocultistas, como a Thule Gesellschaft, misturavam misticismo com noções distorcidas de superioridade racial. Eles promoviam a ideia de uma "raça ariana pura", baseada em interpretações equivocadas de arqueologia e antropologia. Essas teorias foram abraçadas por figuras-chave do Partido Nazista, incluindo Heinrich Himmler, que via o SS como uma "ordem mística".
A rejeição da ciência moderna
Enquanto a física quântica e a relatividade revolucionavam o mundo, os nazistas as classificavam como "ciência judaica". Em seu lugar, promoviam conceitos como "física ariana" e "ciência alemã", que mais pareciam ficção do que pesquisa séria. Essa distorção do conhecimento científico serviu para justificar políticas genocidas e programas de eugenia.
As consequências trágicas
Essa mistura perigosa de misticismo e pseudociência não ficou restrita aos círculos marginais. Ela se tornou política de Estado, levando a:
- Programas de esterilização forçada
- Experimentos médicos brutais
- O Holocausto
- Perseguição a cientistas
O caso nazista serve como alerta sobre os perigos de abandonar o pensamento crítico e abraçar teorias sem base factual. Num momento em que o negacionismo científico volta a ganhar força, entender essa história é mais importante do que nunca.