Socióloga francesa se infiltra em mansões de bilionários para revelar os segredos da servidão moderna
Servidão moderna: o que socióloga descobriu em mansões

Uma investigação chocante revelou os mecanismos ocultos por trás da relação entre os ultra-ricos e seus empregados domésticos. A socióloga francesa Camille Dupont passou três anos infiltrando-se em residências de bilionários em três continentes para desvendar o que ela chama de "servidão moderna".

O método da pesquisa

Dupont adotou identidades falsas para trabalhar como governanta, babá e até como assistente pessoal em famílias com patrimônio superior a US$ 100 milhões. Seu estudo mostrou padrões surpreendentes:

  • Contratos que restringem liberdades básicas dos funcionários
  • Sistemas de vigilância disfarçados como "benefícios"
  • Dependência econômica calculada para manter lealdade

As técnicas de controle

"Não se trata mais de correntes físicas, mas de amarras psicológicas e financeiras", explica a pesquisadora. Entre as estratégias mais comuns identificadas:

  1. Salários ligeiramente acima do mercado para criar dependência
  2. Presentes caros que geram dívida de gratidão
  3. Controle sobre documentos e vistos de imigrantes

O caso mais chocante

Em uma mansão em São Paulo, Dupont testemunhou funcionários que dormiam em quartos sem janelas, monitorados por câmeras 24 horas. "Eles chamavam isso de 'suite de serviço premium'", relata com ironia.

As reações

A publicação da pesquisa causou polêmica. Enquanto acadêmicos elogiam o rigor metodológico, representantes das famílias envolvidas ameaçam processar por "violação de privacidade".

O estudo completo será lançado em livro no próximo mês, prometendo abrir um debate necessário sobre as novas formas de desigualdade na era globalizada.