Nobel de Física Adverte: Cortes de Trump Podem Congelar Avanços Científicos nos EUA
Nobel: cortes de Trump paralisarão ciência nos EUA

O clima na comunidade científica internacional está, digamos, bastante tenso. E não é por menos. Antony James, o físico britânico que acabou de levar o Nobel, soltou uma bomba que está ecoando pelos corredores das universidades e laboratórios de pesquisa.

Ele não usou meias palavras. "É um tiro no pé", disparou, referindo-se aos cortes orçamentários que Donald Trump prometeu caso retorne à Casa Branca. James, que estuda nada menos que as partículas fundamentais do universo, mostrou-se profundamente preocupado com o futuro da ciência americana.

O que está em jogo?

Parece exagero? Longe disso. O pesquisador, que divide seu tempo entre Cambridge e instituições americanas, foi categórico: projetos de longo prazo simplesmente vão parar. "Quando você corta o financiamento de pesquisas que demoram anos para render frutos, está basicamente jogando todo o investimento anterior no lixo", explicou, com a autoridade de quem conhece o funcionamento desses projetos por dentro.

E não são apenas estudos teóricos. James mencionou especificamente as pesquisas sobre mudanças climáticas — aquelas que nos ajudam a entender o que está acontecendo com o planeta e como podemos nos adaptar. "São dados cruciais que vamos perder", lamentou.

Efeito dominó global

O que acontece nos Estados Unidos, claro, não fica só por lá. A ciência é uma rede global, uma verdadeira teia de colaborações onde cada fio importa. James destacou que muitos países dependem de parcerias com instituições americanas para avançar seus próprios estudos.

"É como derrubar a peça central de um dominó", comparou. "Quando os EUA espirram, a ciência mundial pega pneumonia." A metáfora pode parecer forte, mas quem acompanha o setor sabe que não está longe da realidade.

O pior? Muitos jovens talentos podem simplesmente desistir de carreiras científicas. "Sem perspectivas de financiamento estável, por que alguém investiria anos de estudo numa área tão incerta?" questionou o Nobel, com uma frustração palpável na voz.

Um alerta que vem de longe

Esta não é a primeira vez que a comunidade científica soa o alarme sobre cortes, mas o peso de um Nobel recente dá um contorno diferente ao aviso. James não está sozinho em suas preocupações — vários colegas já manifestaram apoio público às suas declarações.

O que me preocupa, particularmente, é o timing. Vivemos um momento de descobertas científicas aceleradas, com avanços em inteligência artificial, medicina e clima que poderiam definir o futuro da humanidade. Parar agora seria como abandonar uma maratona nos últimos quilômetros.

Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, a resposta de Trump às críticas foi — como era de se esperar — contundente. Mas a comunidade científica parece disposta a não baixar a cabeça. Resta saber se os avisos de um Nobel serão suficientes para fazer alguém reconsiderar.