DNA de Hitler revela síndrome rara ligada a micropênis, diz documentário
DNA de Hitler aponta síndrome ligada a micropênis

Um documentário exibido no Reino Unido trouxe à tona uma revelação surpreendente sobre Adolf Hitler. Segundo uma nova análise do material genético do líder nazista, pesquisadores identificaram indícios de uma síndrome genética rara que poderia ter afetado seu desenvolvimento sexual.

Análise genética revela características incomuns

A equipe de pesquisadores utilizou uma amostra de tecido manchado de sangue retirado do sofá onde Hitler morreu em 1945 para reconstruir seu perfil biológico. Os resultados apontaram a presença de variantes genéticas associadas à síndrome de Kallmann, um distúrbio hereditário que afeta o desenvolvimento sexual.

De acordo com as informações apresentadas no documentário "Hitler's DNA: Blueprint of a Dictator", essa condição causa puberdade incompleta e pode provocar subdesenvolvimento dos órgãos genitais. Os especialistas explicam que esse conjunto de fatores aumenta a probabilidade de anomalias testiculares e inclui a possibilidade de micropênis.

A geneticista Turi King, entrevistada no documentário, afirmou que Hitler "poderia ter tido um genoma totalmente comum, mas não teve", referindo-se à presença dessas variantes raras associadas ao desenvolvimento hormonal.

Confirmação de relatos históricos

As descobertas genéticas parecem corroborar rumores históricos que circulavam há décadas sobre possíveis anomalias genitais de Hitler. Um exame médico de 1923 já havia registrado um testículo não descido, condição conhecida como criptorquidia.

O jornal The Independent também menciona relatos históricos que sugerem que Hitler teria enfrentado dificuldades sexuais, embora não exista confirmação médica definitiva sobre essas narrativas.

Estima-se que as variantes genéticas associadas ao distúrbio possam elevar a chance de micropênis para aproximadamente uma em cada dez pessoas com essa condição.

Limitações e cuidados da pesquisa

Os pesquisadores foram cautelosos ao apresentar suas descobertas. Eles enfatizaram que a análise genética não explica o comportamento de Hitler nem suas decisões políticas ou atos de violência durante o regime nazista.

O psicólogo Simon Baron-Cohen alertou que associar os resultados genéticos a atos de violência poderia estigmatizar pessoas com condições semelhantes. Ele lembrou que o comportamento "não é 100% genético" e que múltiplos fatores influenciam as ações humanas.

Outra descoberta significativa foi que a análise não encontrou evidências de ancestralidade judaica no material genético examinado, um tema que historicamente alimentou teorias conspiratórias sobre o líder nazista.

Vale ressaltar que os resultados ainda não foram publicados em revista científica especializada. A equipe afirma que divulgou os achados no documentário justamente para apresentar as limitações do método e evitar interpretações exageradas dos dados. Os responsáveis informaram que o estudo está sendo submetido a revisão por pares, processo que ainda não foi concluído.