O Brasil enfrenta uma intensa onda de calor que levou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a emitir um alerta laranja de perigo potencial para oito estados. O aviso, que começou na última terça-feira, 23 de dezembro, segue válido até as 18h da próxima sexta, dia 26.
Estados em alerta e recorde histórico em São Paulo
O alerta abrange todos os estados da região Sudeste, além de áreas do norte do Paraná, oeste de Santa Catarina, sul de Goiás e leste do Mato Grosso do Sul. Nesta primeira semana do verão, o calor intenso marca o clima em boa parte do Centro-Sul do país.
Neste 25 de dezembro, a cidade de São Paulo registrou 35,9 ºC, a maior temperatura para um mês de dezembro em toda a história. O recorde anterior era de 35,6 ºC, medido em 3 de dezembro de 1998.
Já no Rio de Janeiro, a prefeitura elevou o nível de atenção para o calor para o nível 3, em uma escala que vai até 5. Esta classificação é usada quando as temperaturas estão elevadas e a previsão indica a manutenção desse cenário por um período prolongado.
O que define uma onda de calor e suas causas
Os meteorologistas consideram que uma onda de calor ocorre quando a temperatura permanece pelo menos 5ºC acima da média por um período de cinco dias ou mais. A situação atual é resultado da atuação de uma massa de ar quente e seco, reforçada pela Alta Subtropical do Atlântico Sul.
Esse sistema atmosférico atua como um bloqueio, impedindo o avanço de frentes frias e sistemas de chuva mais organizados. Diferentemente dos últimos dias, quando o calor era mais pontual, agora a tendência é de persistência, com vários dias consecutivos de temperaturas muito elevadas, pelo menos até o próximo domingo, 28 de dezembro.
Previsão por regiões
O calor deve atingir com mais força os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e algumas áreas do Centro-Oeste, além do extremo sul de Goiás.
No Sudeste, o interior de São Paulo, o Triângulo Mineiro e o sul de Minas Gerais são as áreas onde o calor ganha mais força. No Rio de Janeiro, após períodos de nebulosidade e chuva passageira, o calor volta a predominar ao longo da semana.
No Centro-Oeste, o calor também segue predominante, com temperaturas elevadas e chuvas isoladas, típicas de dias quentes e abafados. Já no Sul, o período mais crítico de calor, especialmente entre Santa Catarina e o Paraná, ocorre até o dia de Natal. Depois disso, a tendência é de uma redução gradual, com o retorno das chuvas que devem ajudar a aliviar as temperaturas.
As regiões Norte e Nordeste não estão sob a influência direta desta onda de calor. Nestas localidades, o calor será mais sentido no interior, enquanto o litoral segue sob a influência da ventilação oceânica, que ajuda a conter as temperaturas máximas. Ainda assim, há risco de temporais, principalmente no Norte do país.
