Grileiros ameaçam pesquisadores do Incra em área quilombola de Goiás: conflito por terras se intensifica
Grileiros ameaçam pesquisadores do Incra em Goiás

A coisa tá feia em Goiás, e não é pouco. Na última terça, pesquisadores do Incra — aqueles mesmos que tão sempre no meio do fogo cruzado — foram recebidos a ameaças durante uma vistoria de rotina num território quilombola. E olha que não foi um "vaza daqui" qualquer: os sujeitos chegaram armados, com aquela cara de quem não tá pra brincadeira.

Segundo relatos que correm soltos, os funcionários do instituto tavam mapeando a área quando apareceram uns caras — que ninguém sabe direito de onde surgiram — dizendo que a terra já tinha dono. Só que tem um detalhe: era tudo mentira. Documento furado, história mal contada, o pacote completo do grileiro profissional.

O que diabos tá rolando?

Parece que a região virou o faroeste caboclo. De um lado, comunidades quilombolas que tão ali há décadas. Do outro, uns espertalhões que acham que papel falsificado é título de propriedade. E no meio? O Incra, tentando fazer seu trabalho com orçamento curto e equipe enxuta.

Um dos técnicos — que pediu pra não ter o nome divulgado, e você entende o motivo — contou que a situação foi tensa:

  • Chegaram de moto, uns três caras
  • Falaram que "quem mexesse naquela terra ia se arrepender"
  • Fizeram questão de mostrar que estavam armados
  • Sumiram tão rápido quanto apareceram

Não é a primeira vez que isso acontece, mas parece que a frequência tá aumentando. E o pior? Alguns moradores antigos da região tão com medo de falar — dizem que já viram casos piores por aí.

E agora, José?

A Polícia Federal já foi acionada, mas todo mundo sabe como essas coisas funcionam: demora, burocracia, e no fim a galera fica na mão. Enquanto isso, os quilombolas seguem na corda bamba — sem saber se amanhã vão acordar com mais um "dono" batendo na porta.

O Incra soltou uma nota dizendo que não vai recuar (bravura ou obrigação? Difícil dizer), mas a verdade é que falta estrutura pra proteger quem tá no campo — literal e figurativamente. E os grileiros? Esses parecem cada vez mais ousados.

Será que vai precisar acontecer uma tragédia pra alguém levar isso a sério? Pergunta que não quer calar...