
O mundo precisa parar e prestar atenção no que está acontecendo aqui nos trópicos. Enquanto muitos países ainda discutem teorias, o Brasil simplesmente está fazendo. A combinação que parecia impossível – ser potência no agronegócio e ao mesmo tempo exemplo ambiental – virou realidade tangível, palpável, mensurável.
Numa daquelas falas que marcam época, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro soltou o verbo durante o Encontro Nacional de Plantio Direto, em Rondonópolis. E que verbo! "Temos condições de responder à altura qualquer questionamento", disparou, com aquela confiança de quem sabe que os números estão do seu lado.
O que muita gente lá fora teima em não enxergar (ou não quer enxergar?) é que o Brasil preserva mais de 66% de seu território com vegetação nativa. Sim, você leu certo. Dois terços do país intocados, enquanto alimentamos boa parte do planeta. Algo absolutamente fora da curva, sem paralelo em nenhum outro lugar.
Os Números que Calam
Vamos aos fatos, porque contra números não há argumentos que resistam:
- 251 milhões de toneladas de grãos na safra passada
- Projeção de atingir 300 milhões em breve – um número que beira o fantástico
- E tudo isso cultivando em apenas 9% do território nacional
Fávaro foi cirúrgico ao lembrar que o Brasil não desmata para produzir. Na verdade, produzimos quatro vezes mais usando basicamente a mesma área de três décadas atrás. Tecnologia, gente. É disso que estamos falando.
O Reconhecimento que Chega
Até a União Europeia, sempre tão crítica, começou a enxergar a realidade. O ministro não escondeu certo tom de "eu avisei" ao comentar as recentes mudanças no bloco europeu, que finalmente reconhecem nossos esforços ambientais. Parece que a ficha está caindo: não faz sentido punir quem faz melhor que muitos deles.
E tem mais! O programa Nacional de Fertilizantes, que investiu pesado em inovação, está rendendo frutos doces. Redução de 15% na importação desses insumos em apenas um ano? Isso sim é soberania nacional sendo construída na prática.
O momento é de otimismo, mas também de desafios. O governo trabalha para melhorar a estrutura de escoamento da produção – porque de nada adianta colher recordes se a logística engasga. Ferrovias, portos, hidrovias. O Brasil se mexe em todas as frentes.
No final das contas, a história que emerge é poderosa: o país tropical mostrou ao mundo que é possível, sim, conciliar o pão de cada dia com a floresta em pé. E o melhor: estamos fazendo isso não no papel, mas no chão, no campo, na realidade.