Ventania destrói lona de circo familiar no RN e causa prejuízo de R$ 80 mil
Ventania destrói circo no RN com prejuízo de R$ 80 mil

Ventania Destrói Circo Familiar no Interior do Rio Grande do Norte

Uma violenta ventania atingiu e destruiu completamente a lona do Circo Babalú na cidade de Pau dos Ferros, localizada no Alto Oeste potiguar, durante a tarde de domingo (23). O incidente ocorreu por volta das 13h30, quando um redemoinho de grande intensidade se formou repentinamente no local onde o circo estava montado.

Prejuízo Financeiro e Impacto na Comunidade Artística

Segundo Acadias Alves Basílio, conhecido artisticamente como palhaço Babalú e responsável pelo circo, o prejuízo financeiro é estimado em R$ 80 mil. A lona, que havia sido adquirida há aproximadamente um ano, foi completamente danificada pelo fenômeno meteorológico.

Ninguém se feriu durante o incidente, pois não havia artistas ou espectadores no local no momento da ventania. No entanto, as consequências para a companhia circense são graves: 18 pessoas que compõem o grupo familiar ficaram sem fonte de renda imediata.

O circo, que tem sede em Mossoró e existe há 33 anos, havia chegado à cidade na quinta-feira anterior (20) e todas as apresentações precisaram ser suspensas indefinidamente devido aos danos.

Relato do Proprietário e Explicação Meteorológica

Em entrevista, Babalú descreveu o momento do ocorrido: "Por volta das 13h30 entrou um redemoinho tão forte que em menos de 1 minuto levou a lona para os ares. Parecia um furacão, rasgou muito a lona", lamentou o artista.

O meteorologista Gilmar Bristot, da Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (Emparn), explicou que eventos localizados como este são impossíveis de prever. Segundo o especialista, o centro de alta pressão do Atlântico Sul está mais intenso devido às águas superficiais mais frias, combinado com uma La Nina fraca no oceano Pacífico, condições que favorecem ventos mais fortes na região Nordeste.

A família que mantém o circo há mais de três décadas depende exclusivamente da arte circense para sobreviver, realizando temporadas em diferentes cidades do estado do Rio Grande do Norte.