Era pra ser mais um dia normal no sertão cearense, mas o que aconteceu numa dessas fazendas de vento — aqueles cataventos gigantes que pontilham a paisagem — foi de tirar o fôlego. De repente, sem aviso, um dos monstros de aço simplesmente pegou fogo. E não foi um foguinho qualquer: as chamas tomaram conta do motor lá no alto, criando um espetáculo assustador contra o céu azul.
E aí veio a parte mais surreal. Com o calor infernal, as pás da turbina — sim, aquelas lâminas enormes que giram pra gerar energia — simplesmente se soltaram. Imagine a cena: pedaços de fibra de vidro e metal, cada um do tamanho de um ônibus, se desprendendo e caindo do alto de uma torre de mais de 100 metros. Um verdadeiro pesadelo de engenharia.
Um vídeo que circula nas redes — de dar calafrios — mostra exatamente o momento em que as labaredas consomem a nacelle (aquela cápsula no topo onde fica o motor) enquanto pedaços da estrutura se desprendem. A fumaça negra era tão densa que dava pra ver de longe, uma mancha sinistra no horizonte.
O que teria causado uma falha catastrófica dessas? Bom, os técnicos ainda estão mordendo a isca, mas o boato entre quem entende do riscado é de que pode ter sido uma falha mecânica num dos componentes, superaquecimento, ou quem sabe até um curto-circuito na instalação elétrica. Uma coisa é certa: quando um trambolho desses pega fogo, não é com um extintor de incêndio de escritório que você vai resolver.
E olha, sorte enorme que ninguém se feriu. As pás caíram numa área afastada, longe de estradas ou casas. Mas não deixa de ser um alerta — e dos grandes. Essas usinas eólicas são espalhadas pelo Nordeste inteiro, e uma falha dessas, perto de uma comunidade, seria uma tragédia anunciada. A sorte as vezes pisca para os lados do sertão.
Agora, o que fica é a pergunta que não quer calar: será que a pressa em expandir a energia verde tá deixando a segurança em segundo plano? Ou foi só um acidente isolado, daqueles que a tecnologia, por mais avançada que seja, ainda está sujeita? Uma coisa é clara: o vento pode ser renovável, mas a confiança da população… essa a gente constrói com segurança e transparência.
