Tragédia no Rio Paracatu: Mistério e Dor Após Família Morrer Afogada em MG
Tragédia no Rio Paracatu: Família morre afogada em MG

O silêncio que paira sobre as margens do Rio Paracatu esconde uma dor que ecoa por toda Buritis. Uma tragédia dessas dimensões — uma família inteira ceifada pelas águas — deixa qualquer um sem palavras. E o pior: ainda há mais perguntas do que respostas.

Era domingo, 29 de setembro, quando o rio, normalmente sereno, tornou-se palco do impensável. Três vidas interrompidas de forma tão brusca: um casal e seu filho de apenas 7 anos. A imagem do carro submerso, encontrado na segunda-feira, é daquelas que ficam gravadas na memória de qualquer um.

O Que Se Sabe Até Agora

Os bombeiros chegaram ao local por volta das 10h da manhã de segunda-feira, após um barqueiro — sim, um homem comum que navega aquelas águas — ter avistado algo estranho. O veículo, um Fiat Palio prata, repousava no fundo do rio, perto da ponte na MG-410. Uma cena que ninguém gostaria de testemunhar.

As vítimas: José Carlos Pereira dos Santos, de 45 anos; Maria Aparecida Santos, 43; e o pequeno João Pedro, de apenas 7 anos. Vizinhos contam que eram uma família tranquila, daquelas que vivem discretamente, sem fazer inimigos.

O carro foi retirado das águas por volta do meio-dia, um trabalho que exigiu cuidado e paciência dos bombeiros. Dentro, a confirmação do pior pesadelo.

As Perguntas Que Ainda Ecoam

Aqui é onde a coisa fica complicada. Ninguém sabe ao certo o que levou essa família até aquele ponto do rio num domingo à noite. As hipóteses? Várias, mas nenhuma confirmada.

  • Estariam apenas passeando? Difícil acreditar, considerando o horário.
  • Haveria algum problema mecânico no veículo? Os peritos vão ter que descobrir.
  • Teriam se perdido? A estrada não é das mais complicadas, mas à noite tudo muda.

O delegado Marcelo Rocha, que coordena as investigações, foi cauteloso nas declarações. "Estamos analisando todas as possibilidades", disse, sem dar muitos detalhes. É compreensível — nessas horas, cada palavra pesa.

O Que Ainda Está Por Vir

A Polícia Civil promete deixar nenhuma pedra sem virar. O laudo do IML deve sair em breve, mas a verdade é que nem sempre esses documentos trazem todas as respostas que a gente espera.

Os peritos vão examinar o carro com lupa — ou melhor, com todos os equipamentos que têm à disposição. O sistema de freios, a direção, tudo será verificado. Até mesmo o celular das vítimas, se recuperado, pode dar pistas preciosas.

Enquanto isso, Buritis tenta entender o incompreensível. Como uma tragédia dessas pode acontecer numa cidade pacata, onde todo mundo conhece todo mundo? Às vezes a vida prega essas peças cruéis, sem aviso prévio.

O rio segue seu curso, indiferente à dor que testemunhou. Mas para os que ficaram, as marcas dessa noite de domingo vão durar muito, muito tempo.