
O chão tremeu do outro lado do mundo, mas as ondas — se vierem — podem bater aqui. Um terremoto de magnitude considerável sacudiu a Rússia nesta madrugada, e o estrago não ficou só nas placas tectônicas. Do Chile ao Brasil, os centros de monitoramento oceanográfico estão de olho nos gráficos como mãe em filho pequeno na piscina.
Não é pra menos. Quando a terra se agita assim, o mar costuma responder — e nem sempre de forma educada. "Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa", admitiu um técnico do Instituto de Pesquisas Hidrográficas, enquanto ajustava os equipamentos que pareciam saídos de um filme de ficção científica. "Mas não podemos descartar a possibilidade de ondas anômalas."
O que sabemos até agora:
- O epicentro foi registrado na região da Península de Kamchatka, conhecida como "o faroeste dos terremotos"
- A magnitude preliminar foi estimada em 7.8 — suficiente para fazer prédios dançarem
- Os primeiros boletins apontam que o tremor durou quase 2 minutos (uma eternidade nesses casos)
Enquanto isso, nas redes sociais, a galera já começou a misturar ciência com catastrofismo. Alguns posts falam em "onda gigante", outros garantem que é "só mais um susto". As autoridades, é claro, preferem o meio-termo: alerta sim, pânico não.
"Estamos acompanhando minuto a minuto", garantiu o diretor do Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, num tom que tentava ser tranquilizador sem subestimar a situação. Ele lembra que, em eventos assim, o importante é ter informação de qualidade — e não correr para o morro mais alto sem necessidade.
E no Brasil?
Por aqui, a Defesa Civil já acionou o protocolo de monitoramento, especialmente no litoral norte. Mas calma: as chances de algo grave são mínimas. "Nosso litoral está protegido pela geografia", explica um oceanógrafo, antes de soltar um "mas nunca se sabe" que deixou todo mundo meio pé atrás.
Enquanto os especialistas ficam de olho nos dados, o melhor a fazer é manter a calma — e o celular carregado, caso precise de alertas. Porque quando a natureza resolve dar seus pulos, o negócio é ficar esperto.