Professor Aposentado Some em Trilha no Rio: Buscas Continuam Após 3 Dias
Professor some em trilha no Rio: buscas continuam

O silêncio nas montanhas do Rio de Janeiro nunca foi tão assustador. Luiz Fernando Costa, aos 68 anos, simplesmente evaporou durante o que deveria ser uma tranquila caminhada de domingo. Aos 68 anos, esse professor aposentado de Engenharia Civil da UFRJ — uma mente brilhante que formou gerações — agora é o centro de uma operação de busca que já dura três longos dias.

E pensar que tudo começou como um dia comum. Domingo, por volta das 9h da manhã, ele chegou ao Parque Nacional da Tijuca com um plano aparentemente simples: conquistar a trilha da Pedra Bonita. Uma aventura que, convenhamos, não é das mais fáceis, mas ele estava bem — segundo a família, em plenas condições físicas e mentais.

O Desaparecimento que Ninguém Viu Chegar

O último registro? Uma ligação para a esposa por volta das 11h30. Nada de anormal, apenas aquele check-in rotineiro que todos fazemos. "Está tudo bem", teria dito. Três palavras que agora soam como um eco enigmático.

Quando a noite caiu e Luiz não retornou, o desespero começou a tomar conta da família. Não era coisa dele — um homem metódico, responsável, que sempre avisava sobre seus planos. Algo tinha dado errado, muito errado.

Operação em Andamento: Cada Minuto Conta

Desde segunda-feira, as equipes de resgate estão lá, vasculhando cada centímetro daquela mata fechada. O Corpo de Bombeiros não está medindo esforços — e nem a família, que praticamente montou um quartel-general improvisado na base da trilha.

"Ele conhecia bem esse lugar", conta um sobrinho, com a voz embargada. "Sempre foi cuidadoso, experiente. Por isso o sumiço é tão inexplicável."

E as buscas continuam, incansáveis. Helicópteros sobrevoam a área, equipes terrestres percorrem os caminhos menos óbvios, e até cães farejadores foram acionados. Tudo na esperança de encontrar algum sinal, qualquer pista que possa levar até ele.

Quem Era Luiz Fernando?

Mais do que um nome em um boletim de ocorrência, Luiz era — e esperamos que ainda seja — uma figura admirável. Professor aposentado da prestigiada UFRJ, dedicou a vida ao ensino e à pesquisa. Colegas o descrevem como "metódico, inteligente, daqueles que planejava cada detalhe".

E agora, essa mente brilhante, acostumada a resolver problemas complexos, está perdida em meio à natureza que tanto apreciava. A ironia é dolorosa.

A polícia pede: se você esteve na Pedra Bonita no domingo, qualquer informação pode ser crucial. Até o menor detalhe, aquilo que parece insignificante, pode ser a peça que falta neste quebra-cabeça angustiante.

Enquanto isso, nas montanhas cariocas, o tempo corre contra todos. E a esperança — frágil, teimosa — segue sendo a única companheira da família e amigos que aguardam por notícias.