Tragédia na Caverna: Pesquisador de São Carlos Morre Durante Expedição no Ceará
Pesquisador morre em acidente durante escavação no Ceará

Uma tragédia de cortar o coração abalou a comunidade científica brasileira nesta segunda-feira. Imagine só: um pesquisador experiente, no auge de sua carreira, trabalhando numa daquelas grutas que parecem saídas de um filme de aventura. E de repente, tudo desaba.

O geólogo Edimilson Montanhari, são-carlense de 52 anos, estava lá no município de Milagres, interior do Ceará, participando de uma expedição de campo que prometia revelar segredos geológicos. A vida, essa traiçoeira, resolveu dar uma dessas voltas que ninguém espera.

O que realmente aconteceu lá nas profundezas?

Pelos relatos que chegaram, Montanhari estava envolvido numa escavação de rotina - pelo menos era o que todos achavam. De repente, sem aviso, parte da gruta simplesmente cedeu. Um desabamento parcial, dizem os técnicos. Parece que o acidente aconteceu por volta das 10h da manhã, horário em que a equipe estava mais ativa.

O corpo do pesquisador foi resgatado ainda no local, mas aí já era tarde demais. Os bombeiros tentaram de tudo, mas algumas batalhas a gente simplesmente não consegue vencer.

Quem era esse homem que dedicou a vida às pedras?

Edimilson não era qualquer um na praça. Com mais de duas décadas de experiência em geologia, o cara conhecia as entranhas da terra como poucos. Trabalhava na empresa Geosolos, de São Carlos, e tinha aquela paixão genuína pelas formações rochosas que poucos entendem.

Os colegas descrevem ele como "metódico, cuidadoso, daqueles que não deixava detalhe passar". Ironia do destino, não? Justo ele, sempre tão precavido.

E agora, o que acontece?

O corpo está no Instituto Médico Legal de Milagres, onde peritos trabalham para entender todos os detalhes dessa história triste. A família, lá em São Carlos, deve receber o corpo ainda nesta terça-feira - um voo de volta pra casa que ninguém gostaria de fazer.

A Polícia Civil já abriu inquérito, claro. Querem saber exatamente o que levou ao desabamento. Será que era uma área instável? Faltou algum equipamento de segurança? Essas perguntas vão martelar na cabeça de todos nos próximos dias.

Enquanto isso, a empresa Geosolos emitiu uma nota breve - daquelas cheias de palavras medidas, mas que não escondem o baque. Disseram que está prestando toda assistência à família e colaborando com as investigações.

Uma morte dessas faz a gente pensar. Nos riscos que os cientistas enfrentam por aí, muitas vezes longe dos holofotes. Na fragilidade da vida, que pode ser interrompida num piscar de olhos, mesmo para quem conhece tão bem as forças da natureza.

O silêncio nas universidades de São Carlos hoje parece mais pesado. E as grutas do Ceará guardam agora não só segredos geológicos, mas a memória de um homem que partiu fazendo o que amava.