
Parece que a vida pode mudar num piscar de olhos, não é mesmo? Aconteceu mais uma dessas tragédias silenciosas que nos fazem pensar na fragilidade de tudo. Na última terça-feira, enquanto a chuva caía sem piedade sobre Candeias, um simples muro se tornou o cenário de uma fatalidade que deixou uma família de luto.
Era por volta das 19h30 quando tudo aconteceu - aquela hora em que as pessoas estão chegando em casa, pensando no jantar, na novela. Só que para uma mulher de 46 anos, identificada como Rosimeire Souza dos Santos, o final do dia seria completamente diferente.
O que exatamente aconteceu?
O Corpo de Bombeiros chegou ao local - Rua da Gameleira, no bairro do Kaure - e encontrou uma cena dessas que a gente nunca esquece. O muro simplesmente cedeu, não aguentou a força da água acumulada. E aí, quando você menos espera, o que era parte da paisagem vira uma armadilha.
Testemunhas contaram que Rosimeire estava no lugar errado na hora errada. O muro desabou justamente quando ela passava. Coisas do destino, diriam alguns. Injustiça pura, diriam outros.
E aí, o que fazer?
Os bombeiros tentaram de tudo, sabe? Fizeram aquilo que sempre fazem - correr contra o tempo. Mas às vezes o tempo é mais rápido. Levaram ela para o Hospital Geral do Subúrbio, em Salvador, mas... bem, infelizmente não teve jeito.
O que me deixa pensando: quantos muros por aí estão prestes a cair? Quantas estruturas que a gente nem nota no dia a dia escondem perigos? A prefeitura já foi notificada, claro. Mas será que isso evita a próxima tragédia?
Chuva forte na Bahia não é novidade - todo mundo sabe como fica quando as nuvens decidem desabar. Mas e a manutenção das estruturas urbanas? Quem fiscaliza? Quem previne?
Enquanto isso, uma família chora. Rosimeire era mais uma baiana, com seus sonhos, suas histórias, sua vida. Agora, virou estatística - mais uma vítima das intempéries e, quem sabe, do descaso.
Fica o alerta: com a temporada de chuvas aí, talvez seja hora de dar uma olhada naquele muro meio torto, naquela parede com rachadura. Porque prevenir, como diz o velho ditado, sempre foi melhor que remediar. Só que nesse caso, nem remediar foi possível.