
Imagine só: uma estrutura que já foi cartão-postal, agora reduzida a escombros após a fúria da natureza. Foi o que aconteceu com a plataforma de Atlântida, no litoral do Rio Grande do Sul, depois que um ciclone decidiu mostrar sua força no último fim de semana. Parte da construção simplesmente desmoronou, deixando um rastro de dúvidas — e muita preocupação.
O que fazer agora? Essa é a pergunta que não quer calar. Enquanto alguns defendem a reconstrução, outros acham que é hora de dizer adeus. E, como sempre quando ninguém se entende, a Justiça terá a palavra final. Um verdadeiro drama à beira-mar, com direito a suspense e tudo.
O que sobrou (e o que não sobrou)
Quem passou por ali nos últimos dias deve ter levado um susto. O que antes era um ponto de encontro cheio de vida agora parece cenário de filme pós-apocalíptico. Vigas retorcidas, concreto rachado... Dá até frio na barriga. E o pior? Ainda não dá pra saber se o que restou está seguro ou se pode vir abaixo a qualquer momento.
— A situação é crítica — admitiu um técnico que preferiu não se identificar. — O ciclone não brincou em serviço.
E agora, José?
Enquanto isso, a briga judicial promete ser tão intensa quanto o temporal que causou toda essa confusão. De um lado, moradores e comerciantes que querem a plataforma de volta (e rápido!). Do outro, especialistas que garantem: reconstruir ali seria jogar dinheiro fora — literalmente, já que o mar parece decidido a levar tudo de novo.
- Argumento pró-reconstrução: "É parte da nossa história!"
- Contra-argumento: "História não paga prejuízo de obra que vai desabar de novo."
E no meio disso tudo, a prefeitura — que já está com a corda no pescoço — tenta não tomar partido até que os peritos terminem suas avaliações. Convenhamos: não é exatamente o tipo de decisão que alguém gostaria de ter que tomar.
O que dizem as leis (e o bom senso)
Juridicamente falando, a situação é um verdadeiro quebra-cabeça. Existem normas sobre construções costeiras, claro, mas nenhuma previa um cenário tão... digamos, cinematográfico. Alguns artigos até mencionam "eventos climáticos extremos", mas quando foi a última vez que alguém levou isso a sério na hora de construir?
— O problema é que todo mundo acha que desastre só acontece com os outros — comentou uma advogada especializada em direito ambiental, enquanto revirava uma pilha de processos similares. — Até que acontece.
Enquanto a Justiça não se pronuncia (e pode demorar, sabemos como é), o local continua interditado. E os turistas? Bem, eles continuam chegando, mas agora só para tirar fotos da destruição. Ironia ou apenas o ciclo natural das coisas? Difícil dizer.