
Ninguém esperava que a sexta-feira em João Pessoa fosse virar um verdadeiro caos aquático. O céu simplesmente desabou — e não é exagero. Em poucas horas, a capital paraibana registrou o maior volume de chuvas de 2025, transformando ruas em rios e deixando a população em apuros.
Segundo os meteorologistas — aqueles que tentam decifrar a fúria dos céus —, alguns bairros receberam o equivalente a duas semanas de chuva em apenas 6 horas. Não bastasse o volume, a intensidade foi de arrepiar: 120mm em menos de um dia. Resultado? O caos se instalou.
Pontos críticos viraram piscinas públicas
Quem circulou pela cidade viu cenas dignas de filme catastrófico:
- A Avenida Epitácio Pessoa, normalmente movimentada, parecia um canal veneciano — só que sem a graça turística
- No Bessa, carros semi-submersos viraram atração indesejada
- O centro histórico, que já sofre com a infraestrutura envelhecida, ficou praticamente intransitável
"Parecia que o mar resolveu invadir a cidade", comentou um motoboy que precisou carregar a moto no ombro — sim, você leu certo.
Efeitos colaterais da tempestade
Além dos óbvios alagamentos, a chuva trouxe uma série de problemas:
- Quatro escolas municipais tiveram aulas suspensas
- O sistema de drenagem — já questionável — mostrou suas limitações
- Comércios no baixo centro perderam mercadorias
- O trânsito ficou caótico, com motoristas perdendo a paciência junto com os prazos
Curiosamente, enquanto algumas áreas sofriam, outras regiões da cidade sequer molharam o asfalto. A chuva, caprichosa, escolheu seus alvos sem muita lógica aparente.
E agora, José?
A Defesa Civil municipal — aqueles heróis anônimos — trabalhou a madrugada inteira. Equipes foram deslocadas para os pontos mais críticos, mas a demanda superou a capacidade. "É como tentar secar o oceano com um guardanapo", desabafou um agente, sob chuva ainda forte.
Para os próximos dias, a previsão é de... mais chuva. Os meteorologistas alertam que esse pode ser só o primeiro ato de uma temporada úmida intensa. A cidade, que normalmente encara o sol forte como principal vilão, agora se vê às voltas com seu oposto meteorológico.
Moradores das áreas mais afetadas já começam a questionar: será que a infraestrutura da cidade está preparada para esses eventos extremos, que parecem cada vez mais frequentes? Enquanto isso, o conselho é simples: se não for essencial, fique em casa. E se for sair, melhor esquecer o carro e investir em uma canoa — brincadeiras à parte, a situação é séria.