
Há três dias, o sul de Minas Gerais virou palco de uma verdadeira guerra contra o fogo. O que começou como pequenos focos — desses que todo mundo acha que vai ser controlado rapidamente — se transformou num pesadelo que consome recursos, paciência e, claro, a vegetação da região.
Em Poços de Caldas, a situação é tão crítica que os bombeiros já perderam as contas de quantos hectares viraram cinzas. "A gente trabalha no limite", confessou um cabo que preferiu não se identificar, enquanto jogava água em pontos estratégicos com as mãos tremendo de cansaço.
O vento vira inimigo
Se tem algo pior que fogo em vegetação seca? Fogo com ventania. As rajadas que ultrapassam 40 km/h estão fazendo o trabalho dos heróis de vermelho virar um verdadeiro jogo de gato e rato com as chamas. Mal controlam um lado, e o fogo reaparece dois quilômetros adiante.
Em Itajubá, a história se repete:
- Mais de 10 caminhões pipa em ação
- Equipes revezando em turnos exaustivos
- Até helicópteros sendo usados para mapear os focos
E olha que o pior pode estar por vir — os meteorologistas não prometem chuva significativa nos próximos cinco dias. Alguém aí duvida que isso vai virar caso de calamidade pública?
Solidariedade em meio ao caos
Enquanto isso, a população — aquela que sempre se vira nos 30 — já começou a se organizar. Doações de água, alimentos e até protetor solar (sim, porque sol de rachar mais fogo é dose!) estão chegando aos postos de apoio. "A gente se sente impotente vendo aquela fumaça no horizonte", desabafa uma moradora enquanto empacota mantimentos.
Dica quente: Quem estiver na região, fique ligado nos canais oficiais. Algumas estradas secundárias já estão interditadas, e a qualidade do ar? Melhor nem comentar — idosos e crianças devem redobrar os cuidados.
No final das contas, o que resta é torcer para que esses profissionais incansáveis consigam, no mínimo, conter a situação antes que vire uma tragédia anunciada. Porque quando a natureza decide cobrar a fatura, ela não manda bilhete nem pede desculpas.