Parece que o inferno decidiu dar as caras no interior fluminense. Natividade, aquela cidadezinha pacata que você provavelmente nem sabia que existia, virou palco de um verdadeiro pesadelo ambiental nesta segunda-feira.
O céu escureceu — mas não era nuvem de chuva. Era aquela fumaça densa, pesada, que chega a arranhar a garganta de quem está a quilômetros de distância. E o fogo? Ah, o fogo avançava sem dó, consumindo tudo que via pela frente.
Uma luta contra o tempo — e contra os elementos
Os bombeiros chegaram por volta das 15h, mas putz... que desafio. Ventos fortes, daqueles que parecem ter personalidade própria, espalhavam as chamas como se fossem pingados de gasolina. E a umidade? Tava tão baixa que até o ar parecia rachar.
Não era um incêndio só — eram vários focos, espalhados como se alguém tivesse jogado fósforos acesos do alto. A principal frente avançava perto da RJ-214, na altura do KM 14. Quem passava pela estrada via aquela cortina de fumaça e sentia o calor mesmo de dentro do carro.
E os moradores? Ah, isso é outra história...
Imagina a cena: você tá na sua casa, no seu sítio, e de repente o mundo começa a cheirar a cinza. O pânico é daqueles que gruda na espinha. Galera correndo, não sabendo se fica ou se sai — e pra onde, afinal?
Até agora, graças a Deus (ou à sorte), não houve registro de casas atingidas ou feridos. Mas o susto... bom, esse ficou. E como ficou.
O Corpo de Bombeiros mandou tudo que tinha: três viaturas terrestres e até um helicóptero, que jogava água de cima como um beija-flor gigante tentando apagar o inferno. Mas você sabe como é — contra a fúria da natureza, às vezes a gente se sente tão pequeno...
E agora? O que vem por aí?
O trabalho continua — e vai continuar até a última chama se render. A Defesa Civil tá de olho, monitorando a situação hora a hora. E o clima? Não ajuda nem um pouco. Previsão é de tempo seco e quente pros próximos dias.
Enquanto isso, em Natividade, a paisagem que era verde agora é cinza. As árvores que levavam anos pra crescer viram carvão em questão de minutos. E a pergunta que não quer calar: quando é que a gente vai aprender a cuidar do que é nosso?
O caso tá sendo investigado — mas já te adianto: nessas situações, a causa natural é bem possível. Um raio, o calor excessivo... a natureza às vezes vira contra si mesma.
Fato é que hoje, no interior do Rio, o dia foi de luta. E a noite... bem, a noite vai ser iluminada pelo fogo que ainda resiste.
