Parece que o inferno resolveu descer sobre a zona noroeste de Belo Horizonte nesta quinta-feira. A Mata da Baleia — aquela área verde que tantos moradores conhecem — está sendo devorada por chamas que teimam em não ceder. E olha, a situação tá feia mesmo.
O Corpo de Bombeiros, coitados, trabalha que é uma loucura desde as primeiras horas da manhã. Chegaram lá por volta das 7h30 e se depararam com um verdadeiro pesadelo ambiental. A fumaça? Densa, escura, daquelas que entram nos pulmões e não saem mais.
Hospital em Estado de Alerta
E não é só a mata que sofre. O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, que fica ali pertinho do estrago, tomou uma decisão drástica: suspendeu quase todos os atendimentos. Só estão aceitando mesmo casos de urgência e emergência — aqueles onde a vida realmente pende por um fio.
"A qualidade do ar simplesmente despencou", me contou uma funcionária que preferiu não se identificar. "Dá pra sentir o cheiro de queimado dentro do hospital, imagina para quem já tem problema respiratório."
Bombeiros na Linha de Frente
Enquanto isso, os heróis de uniforme vermelho lutam contra as chamas com tudo que têm. São três viaturas terrestres e — pasmem — um caminhão pipa da Prefeitura de BH reforçando o combate. Sim, um caminhão pipa! Às vezes as soluções mais simples são as que funcionam.
O que ninguém sabe ainda é como esse inferno todo começou. Seria uma bituca de cigarro mal-apagada? Uma queimada que fugiu do controle? Ou algo pior? A verdade é que, não importa a causa, o estrago já está feito.
Impacto na Saúde Pública
Pra você ter ideia da gravidade, a Diretoria de Meio Ambiente da Fundação Hospitalar do Estado simplesmente barrou a entrada de qualquer pessoa desnecessária no hospital. Só passa quem realmente precisa. E olha que não é exagero — a fumaça tá tão forte que parece que alguém acendeu uma fogueira gigante no quintal de casa.
Moradores da região contam que acordaram com o cheiro forte de queimado. "Pensei que era meu vizinho queimando lixo", disse um senhor que mora há 20 anos no Jardim Felicidade. "Quando vi a dimensão, meu coração até parou."
E a pergunta que não quer calar: quanto dessa mata vai sobrar quando as chamas finalmente se apagarem? A Mata da Baleia é mais que um pedaço de verde — é um pedaço da alma de BH que está virando cinzas diante dos nossos olhos.
