Parece cenário de filme apocalíptico, mas é a realidade que assombra Borebi. Há cinco longos dias — sim, cinco! — as chamas teimam em devorar tudo pelo caminho, transformando canaviais inteiros em cinzas. E olha, não é pouco: estamos falando de uma área que beira os impressionantes 150 hectares.
O negócio começou no último domingo, lá pelas 15h, e desde então virou uma verdadeira maratona contra o fogo. Os bombeiros, coitados, trabalham praticamente de sol a sol — ou melhor, de chama a chama. Já tentaram de tudo: caminhões-pipa, tratores abrindo aceiros, aquela técnica tradicional de combate direto...
Uma batalha contra os elementos
O que mais preocupa — e muito — é que o tempo não tá ajudando nem um pouquinho. Baixa umidade, ventos fortes e aquela seca que só o interior paulista sabe ser. É a combinação perfeita para o desastre, infelizmente.
"A situação é complexa", admitiu um dos comandantes do Corpo de Bombeiros. Complexa é modo delicado de dizer, se me perguntarem. Eles tão enfrentando dificuldades de acesso em alguns pontos, o que complica ainda mais esse trabalho já tão perigoso.
E os danos?
Bom, até agora a gente sabe que:
- A plantação de cana foi a mais atingida — e olha que a gente tá na entressafra, então imagina o prejuízo
- Áreas de pasto também entraram na dança das chamas
- Felizmente, até onde se sabe, nenhuma casa foi atingida
- E o mais importante: não há registros de feridos
Mas calma lá, porque o perigo não acabou. As equipes seguem no campo, monitorando cada centímetro queimado e apagando possíveis focos de reignição. Porque fogo, meu amigo, é traiçoeiro — quando você acha que controlou, ele surge de onde menos espera.
Enquanto isso, os moradores da região acompanham apreensivos. Tem gente que nunca viu nada parecido na vida. "É um espetáculo triste", comentou um agricultor da região, visivelmente abalado. E não é pra menos — ver o trabalho de meses, quiçá anos, virando fumaça em questão de horas.
Resta torcer para que as chamas finalmente deem trégua — e que os ventos mudem de ideia. Porque cinco dias de inferno já é demais para qualquer cidade.
