Incêndio de Grandes Proporções Devasta Zona Rural do Rio Grande do Norte — Bombeiros em Combate Intenso
Incêndio atinge zona rural no interior do Rio Grande do Norte

O céu escureceu com uma fumaça densa e o cheiro de queimado tomou conta do ar. Na zona rural de São José do Campestre, no agreste do Rio Grande do Norte, um incêndio de grandes proporções começou na tarde desta quinta-feira (21) e, impulsionado pelo vento e pela vegetação seca, se alastrou rapidamente — um daqueles eventos que parecem surgir do nada e, de repente, viram uma ameaça real.

Segundo informações preliminares do Corpo de Bombeiros, as chamas começaram por volta das 15h, numa área de mata fechada e pasto. A causa? Ainda é um mistério. Pode ter sido uma bituca de cigarro mal-apagada, uma queimada controlada que fugiu do controle ou até mesmo o calor excessivo — aquele típico golpe de sorte que ninguém quer ter.

Três viaturas dos Bombeiros foram deslocadas para o local. Os militares trabalham com abafadores e equipamentos de contenção, mas enfrentam dificuldades por causa do terreno acidentado e do vento, que teima em mudar de direção. Até agora, nenhuma casa foi atingida, mas a apreensão é grande entre moradores da região.

Sem feridos, mas com muito prejuízo ambiental

Por sorte — e isso é um alívio —, não há registro de vítimas. Mas o estrago na flora e na fauna local deve ser considerável. A gente sempre esquece como o fogo é rápido… em minutos, vira dono do pedaço.

Um morador, que preferiu não se identificar, disse que nunca tinha visto algo parecido por ali. “Parece um filme de terror, de tanto fumo e fogo. A gente fica sem ar, literalmente.”

E agora?

O trabalho de combate deve continuar pela noite. A Defesa Civil foi acionada e monitora a situação, mas a população também precisa fazer sua parte: evitar qualquer tipo de fogo próximo à vegetação e, se possível, manter distância da área.

Incêndios como esse não escolhem hora ou lugar. E no interior, onde tudo é mais distante, a resposta — por mais heroica que seja — às vezes chega a conta-gotas.

Vamos torcer para que o vento mude, a umidade aumente e esses profissionais consigam, logo, dar fim a mais esse capítulo quente e triste do nosso sertão.