
Uma tarde que começou como qualquer outra terminou em tragédia nas águas aparentemente tranquilas do Lago do Funil. Parece que foi num piscar de olhos — a vida muda de rumo quando menos esperamos.
Os bombeiros chegaram por volta das 16h30 dessa terça-feira, dia 8, com a missão mais difícil que existe: recuperar um corpo. O homem, de 36 anos — idade que deveria ser o auge da vida — havia desaparecido nas águas do lago horas antes.
Testemunhas contaram que tudo aconteceu rápido demais. Uma brincadeira na água, um momento de distração, e depois... o silêncio. O tipo de silêncio que dói na alma.
Operação de Resgate
A equipe do Corpo de Bombeiros trabalhou contra o relógio. Mergulhar naquelas águas sabendo que procuravam um corpo, não uma pessoa viva — deve ser das coisas mais duras que existem. Eles vasculharam metro por metro, com aquela determinação que só quem salva vidas tem.
Quando finalmente encontraram o jovem, já era tarde demais. O que restava era fazer o resgate com dignidade, tratar a família com respeito — essas pequenas gentilezas que importam num momento de tanto desespero.
O Lago que Encanta e Preocupa
O Lago do Funil é daqueles lugares que enganam pela beleza. Águas calmas, paisagem bucólica — parece inofensivo. Mas as correntes subaquáticas e a profundidade são traiçoeiras. Quantas vezes já ouvimos histórias assim? E ainda assim, a gente sempre acha que não vai acontecer conosco.
Moradores da região comentam, com a voz embargada, que já perderam a conta dos acidentes no local. "É sempre a mesma história", diz um senhor que preferiu não se identificar. "As pessoas subestimam a força da água."
Agora, uma família chora a perda precoce de um homem no vigor da vida. Trinta e seis anos — mal começou a viver, diriam alguns. Deixa para trás histórias interrompidas, planos cancelados, futuros que nunca chegarão.
Enquanto isso, em Ijací, a pergunta que não quer calar: quantas vidas precisam se perder antes que medidas mais eficazes de segurança sejam implementadas? O lago continua lá, lindo e mortal — um paradoxo que dói na alma da cidade.