O que começou como mais um sábado de sol intenso no litoral paulista terminou em luto. Por volta das 16h30 de ontem, o clima descontraído da Praia do Itaguá, em Ubatuba, foi interrompido por gritos de desespero. Um homem de 44 anos — cuja identidade ainda não foi divulgada — entrou nas águas aparentemente calmas e simplesmente não voltou.
Testemunhas, ainda sob o choque do acontecido, relatam que tudo foi muito rápido. Uma brincadeira inocente, uma onda um pouco mais forte, e depois… silêncio. O pânico se espalhou pela orla como um rastilho de pólvora. Alguns banhistas mais corajosos tentaram um primeiro resgate, mas a força do mar é traiçoeira — ela não negocia.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às pressas. Quando chegaram, mergulharam de cabeça numa busca frenética contra o tempo. Encontraram o homem já inconsciente, e aí começou outra batalha. Reanimação cardiopulmonar na areia, esforço heroico para trazer de volta uma vida que escapava. Não deu. Ele foi levado correndo para o Hospital Municipal de Ubatuba, mas os médicos só puderam constatar o óbito.
E agora? A cidade, que vive do turismo e da alegria do verão, fica com esse gosto amargo. A Polícia Civil assumiu o caso para investigar as circunstâncias exatas do afogamento. Vão apurar tudo: condições do mar, histórico da vítima, se havia placas de alerta… o usual.
Um Alerta que Nunca é Demais
Todo mundo acha que sabe nadar. Todo mundo acha que «comigo é diferente». Mas o mar não perdoa. Especialistas em salvamento aquático repetem até a exaustão: respeite as bandeiras, não superestime sua capacidade, evite entrar sozinho. Conselhos que, numa tarde de calor, soam como chatice — até que a tragédia bate à porta.
Ubatuba, com suas mais de 100 praias, é um paraíso. Mas até paraíso tem seus perigos. Fica o alerta — não só para os visitantes, mas para todos nós que subestimamos a força da natureza.
