Granizo fere 152 e afeta 25 mil em Erechim; cidade em emergência
Granizo causa destruição em Erechim com 152 feridos

Tempestade de granizo causa caos em Erechim

Um violento temporal com granizo atingiu a cidade de Erechim, na Região Norte do Rio Grande do Sul, no domingo (23), deixando um rastro de destruição e mais de 150 pessoas feridas. A intensidade da chuva de pedras de gelo, que durou aproximadamente 20 minutos por volta das 16h40, surpreendeu moradores e causou danos generalizados na cidade.

Impacto imediato e números da tragédia

De acordo com levantamentos oficiais, o granizo feriu 152 pessoas e afetou diretamente 25,9 mil moradores, o que equivale a aproximadamente 6,4 mil famílias. Entre os feridos, a maioria foi atingida por estilhaços de vidro e telhas arrancadas pela força do temporal. Uma pessoa precisou ser internada na UTI, mas encontra-se em estado estável conforme informou o prefeito Paulo Polis.

Os estragos materiais foram significativos: carros com vidros estilhaçados e capôs amassados, milhares de residências com telhados destruídos e 12 pessoas desabrigadas. A infraestrutura pública também foi severamente afetada, com 35 escolas danificadas (15 municipais e 20 estaduais) e 12 unidades básicas de saúde comprometidas.

Resposta emergencial e auxílio às vítimas

Diante da magnitude dos danos, a prefeitura de Erechim decretou situação de emergência para agilizar os recursos e atendimentos. O hospital da cidade ficou lotado com o fluxo de feridos, necessitando da abertura da Unidade de Pronto Atendimento para dar conta da demanda.

O governador Eduardo Leite anunciou a liberação emergencial de R$ 1,5 milhão para a compra de telhas que serão distribuídas às famílias afetadas. Equipes da Defesa Civil estadual já estão no local auxiliando no levantamento completo dos estragos e no atendimento à população.

Além dos danos estruturais, algumas regiões da cidade permanecem sem energia elétrica e com instabilidade nos serviços de internet e telefonia. Moradores relatam cenas de pânico durante a tempestade, como descreve Leomar Nardi, um dos atingidos: "Foi questão de minutos. Foi fechar as portas e começou a descer pedra. Pedra, mesmo!".

A prefeitura iniciou a distribuição de lonas para proteção dos imóveis danificados enquanto aguarda a chegada dos materiais para reconstrução. A situação deve permanecer crítica nos próximos dias enquanto os serviços essenciais são restabelecidos e as famílias afetadas recebem o apoio necessário.