Não foi um dia qualquer para um motorista de aplicativo em Mogi das Cruzes. Na manhã desta terça-feira (26), por volta das 10h, o que parecia ser uma rotina de corridas transformou-se num cenário de puro susto — e um bom tanto de sorte, diga-se de passagem.
Ele estava estacionado, aguardando tranquilamente uma nova corrida na movimentada Rua Dr. Corrêa, bem no coração do Centro. De repente, sem o menor aviso, um estrago silencioso começou a acontecer lá em cima. Galhos grossos de uma árvore simplesmente cederam, quebrando-se com um ruído seco e caindo em cima do carro.
O resultado? O teto do veículo amassou como se fosse papel, o para-brisa traseiro estilhaçou-se por completo e a lataria ficou marcada por arranhões profundos. Uma cena de destruição que dava pena de ver.
E pensar que minutos antes ele estava ali dentro. Sim, você leu certo. Por uma daquelas casualidades que ninguém explica, o motorista havia saído do carro instantes antes do acontecido. Foi buscar um café, esticar as pernas — um alívio que, com certeza, vai lembrar pelo resto da vida.
A Defesa Civil esteve no local e foi direta ao ponto: a queda foi causada por fortes rajadas de vento que castigaram a região durante a manhã. A árvore, avaliada como aparentemente saudável, não resistiu à força da natureza. Às vezes, nem é preciso uma tempestade colossal — basta um vento mais insistente para a sorte virar.
Incidentes como esse jogam luz sobre um risco do qual a gente pouco fala: a convivência, nem sempre pacífica, entre a arborização urbana e o cotidiano das cidades. Quem mora em metrópole sabe como é — a gente valoriza cada árvore na calçada, até o dia em que ela resolve “dar o ar da sua graça” de um jeito inesperado.
Ninguém se feriu, graças a um timing quase milagroso. Mas a história poderia ter tido um final muito diferente. Fica o alerta: olhar para cima também deveria ser um hábito — principalmente em dias de ventania.
